Declarações de Fernando Santos, selecionador de Portugal, após a vitória diante da República Checa por 4-0.
Análise ao jogo: "Primeira parte foi competentíssima, não perfeita. A nível coletivo, talvez dos jogos mais seguros, com muito controlo, com exceção para as bolas paradas defensivas. Tínhamos trabalhado muito, não temos estado sempre bem. Em tudo o resto, sim, perante uma equipa que é forte, que entrou bem. É um adversário possante, que empurra. A equipa portuguesa esteve muito bem. A partir do terceiro golo, é normal que tenha acalmado, os treinadores não gostam. Continuámos à procura de outro golo, mas com muita pressa.
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Opções na 2.ª parte: "Tentei refrescar também e fazer alguma gestão em relação aos cartões amarelos, o que é normal. O jogo a partir daí correu um bocadinho aos solavancos. Foi de tal maneira que até a mim me aconteceu. Estava para fazer a substituição do João Mário e era para sair o Rúben Neves para o poupar também um bocado em relação ao jogo. De repente o Danilo fez-me sinal que estava ali com um toquezito. Tinha-o ao pé de mim e nem me lembrei de nada. É coisa que nunca faço. Já pedi desculpa ao Djaló porque era ele que deveria ter entrado. Tenho absoluta confiança no Djaló mas naquele momento estava ali e o que me lembrei é que vem o Palhinha para trás e tu vais para a direita. Foi o que disse ao João Mário. Até nós próprios, às vezes, … isto é tão rápido que depois acontece".
Empate chega para apuramento: "Não vamos pensar nisso, nos empates. Na primeira parte, atingimos o patamar que queremos, com pequenas coisas pelo meio, como bolas paradas defensivas. Estivemos muito bem em tudo o resto, os passes a entrarem muito bem. Na segunda parte, após o 0-3, o jogo entrou numa toada de perdas de bola, de muita pressa, é normal. Sempre disse que o jogo da Espanha seria uma finalíssima."
Jogo decisivo com Espanha: "Temos de olhar para o jogo da mesma forma. Vamos encarar o jogo com a mesma determinação."
Diogo Dalot e Mário Rui são duas boas dores de cabeça? "Já tenho muitas dores de cabeça há muito tempo. Tenho dito isso há muito tempo. Todos nós, portugueses, sabemos, temos a plena noção de que há muita qualidade, no entanto, não podem jogar todos. Mas também sei que podia ter metido todos os que estavam de fora e eles iam manter o ritmo do jogo."
Cristiano Ronaldo fez 90 minutos: "Acho que é muito importante ter minutos e ganhar confiança. Pensei em deixá-lo sair. Depois, aconteceu uma coisa anormal. Quando João Mário estava para entrar, Danilo disse-me que estava com um problema. Diz ao Palhinha para recuar e tu entras. Já pedi desculpa ao Djaló, que devia ter entrado. Já lhe pedi desculpa."
Mário Rui na lateral esquerda: "Achei que para este jogo o Mário Rui cumpria. Não tem a ver com rotação. Não podemos dizer que a equipa portuguesa tem muita qualidade e depois quando se muda um jogador. Djaló é titular no Lille, Mário Rui também."
Cancelo e Dalot, um deles poderá jogar na esquerda contra a Espanha? "O futebol não pode ser visto assim."
A seleção portuguesa de futebol ascendeu hoje à liderança do Grupo A2 da Liga das Nações 2022/23, ao golear a República Checa por 4-0, em Praga, em encontro da quinta e penúltima jornada.
Diogo Dalot, aos 33 e 52 minutos, Bruno Fernandes, aos 45+2, e o suplente Diogo Jota, aos 82, marcaram os tentos da formação das ‘quinas’, enquanto Patrik Schick falhou um penálti para os checos, aos 45+6, após mão na bola de Cristiano Ronaldo.
Face ao triunfo helvético em Saragoça (2-1), Portugal voltou ao comando do Grupo A2, com 10 pontos, contra oito da Espanha, seis da Suíça e quatro da República Checa, pelo que rumará a ‘final four’ se não perder terça-feira com a Espanha, em Braga.
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