O avançado suíço Xherdan Shaqiri disse hoje que foi um “conto de fadas” a conquista da Liga dos Campeões de futebol ao serviço do Liverpool, admitindo ter ficado “muito triste” com a reação da comunicação social helvética.
O internacional suíço falou durante a conferência de imprensa após o treino da sua seleção no centro de treinos do Olival, em Vila Nova de Gaia, e deixou o recado aos jornalistas que o criticaram por ter sido o primeiro a celebrar a conquista do troféu, apesar de não ter jogado na final.
“Não são apenas 11 jogadores que ganham a Liga dos Campeões, é toda a equipa, todo o clube. É normal que eu esteja feliz, apesar de não ter jogado. É inacreditável ganhar um título destes. Há jogadores e clubes que não o conseguem, não se pode comprar uma coisa destas. Vai fazer parte da minha carreira para sempre, ninguém me pode tirar isso”, afirmou.
Shaqiri é o primeiro jogador helvético a erguer duas ‘Champions’, com o Bayern em 2012/2013 e este ano com os ‘reds’, apesar de na época anterior ter descido da I Liga inglesa com o Stoke, descrevendo o momento que vive agora como “um conto de fadas”, numa época “muito boa”, que mereceu ter terminado com aquele título.
“Celebrámos em Madrid [cidade da final] e com os adeptos na cidade no dia seguinte. Foi incrível festejar com 750 mil adeptos. Ao mesmo tempo, tinha que me puxar para a realidade, porque havia dois jogos da seleção nacional por disputar. Preparei-me profissionalmente, assim como os holandeses da equipa. Os sul-americanos é que festejaram mais extensivamente”, sublinhou.
O jogador não perdeu a oportunidade de falar sobre o técnico Jurgen Klopp, que “exige muito dos jogadores”, mas também conseguiu “retirar muito” deles, tendo-os levado ao “limite”.
“Ele [Klopp] quer que joguemos muito intensamente, essa é a nossa forma de jogar. Isso viu-se contra o Barcelona, em que praticamente atropelámos o adversário, ele preparou-nos muito bem aí. Tenho que o saudar por isso. Com companheiros de equipa assim, acabamos por ficar melhor vistos em situações individuais”, referiu.
Acrescentou ainda que, no clube, os jogadores têm que trabalhar arduamente todos os dias para depois apresentar a sua performance ao treinador e, num momento em que não jogava tanto como queria, manteve a “calma” e continuou a “trabalhar”.
“Só assim posso chegar ao treinador e dizer-lhe para me colocar em campo. É preciso esperar pela nossa hipótese e jogar bem”, finalizou.
A Suíça vai defrontar no domingo, em Guimarães, o derrotado do encontro de hoje entre Inglaterra e Holanda, das meias-finais da Liga das Nações.
Dos 11 titulares do jogo frente à seleção lusa, apenas o guarda-redes Yann Sommer subiu ao relvado com os suplentes, sendo que os restantes realizaram trabalho de recuperação.
Comentários