A Espanha logrou hoje uma impensável goleada na receção à Alemanha, que saiu de Sevilha vergada a um 6-0, inusitada meia dúzia que colocou ‘La Roja’ na ‘final four’ da Liga das Nações de futebol, junto à França.
Num dia em que Portugal se despediu com um triunfo na Croácia por 3-2, facilitado pela expulsão de Marko Rog, aos 51 minutos, quando os locais lideravam por 1-0, a formação de Luis Enrique ‘arrasou’ uma ‘Mannschaft’ que não perdia por tantos desde 1931.
Ferrán Torres, autor de um ‘hat-trick’, aos 33, 55 e 71 minutos, foi a grande figura dos espanhóis, com Álvaro Morata, aos 17, Rodri, aos 38, e Mikel Oyarzabal, aos 89, a apontarem os outros tentos e Fabian Ruiz a somar três assistências e Gayà duas.
Os germânicos sofreram uma das mais pesadas derrotas da sua história e, indiscutivelmente, a maior dos tempos modernos, sendo necessário recuar a 24 de maio de 1931 para encontrar outro 0-6, este com a Áustria, num particular realizado em Berlim.
Em jogos oficiais, nem sequer havia um registo semelhante, com a mais pesada derrota a cifrar-se nos cinco golos, o célebre 3-8 face à Hungria, no Mundial de 1954, que a então RFA venceria, vingando-se dos magiares, com um 3-2 na final.
A maior derrota da história dos alemães essa remonta há mais de um século, mais precisamente a 13 de março de 1909, dia em que a Inglaterra superou os germânicos por 9-0, em Oxford.
Com este triunfo para a ‘lenda’, apesar da ausência de público, face à pandemia da covid-19, os espanhóis, que vinham de três jogos sem ganhar, conquistaram o Grupo 4 da Liga A, com 11 pontos, contra nove da Alemanha, que bem pode lamentar o golo sofrido aos 90+6 minutos, de Gayà, na primeira volta (1-1).
Quanto ao outro jogo do grupo, acabou por ser cancelado, devido à proliferação de casos de covid-19 na delegação da Ucrânia, que poderá perder na ‘secretaria’ o terceiro lugar – soma seis pontos, contra três dos suíços, que eram anfitriões em Lucerna.
No Grupo 3, que já havia sido arrebatado pela França, a Croácia, mesmo derrotada em casa por Portugal por 3-2, acabou por segurar a manutenção na Liga A, já que a Suécia perder por 4-2 em solo gaulês, o que a relegou para a Liga B.
Em Split, a Croácia marcou primeiro, aos 29 minutos, por Mateo Kovacic, face uma equipa Portugal incapaz de ‘disfarçar’ que estava apenas a ‘cumprir calendário’ e que só despertou quando os locais ficaram com 10, aos 51, por expulsão de Marko Rog.
No livre que se seguiu, marcado por Ronaldo, aos 52 minutos, o central Rúben Dias estreou-se a marcar por Portugal, assistido pelo também central Rúben Semedo, para, oito volvidos, João Félix empatar, isolado por Diogo Jota, após domínio com a mão.
A Croácia não demorou a empatar, conseguindo-o aos 65 minutos, quando Kovacic ‘bisou’ com um remate de fora da área, mas, aos 90, o guarda-redes Livakovic chocou com um defesa, largou a bola e, oportuno, Rúben Dias também chegou ao ‘bis’.
Até ao final, a Croácia ficou no seu meio-campo, sabendo que, em Saint-Denis, a Suécia perdia por igual resultado face à França, sendo que, nos descontos, e quando tentava tudo para chegar ao 3-3, ainda sofreu o 4-2, sem guarda-redes na baliza.
Olivier Giroud, aos 16 e 59 minutos, para chegar aos 44 golos e ficar a sete do recordista Thierry Henry, Benjamin Pavard, aos 36, e Kingsley Coman, aos 90+5, marcaram pela França e Viktor Claesson, aos cinco, e Robin Quaison, aos 88, pelos suecos.
Na Liga C, Montenegro goleou em casa o Chipre por 4-0, com ‘bis’ de Aleksandr Boljevic, e conquistou o Grupo 1, subindo à Liga B, já que somou mais três pontos do que o Luxemburgo, que só conseguiu um ‘nulo’ na receção ao Azerbaijão.
O Chipre ficou em último e vai disputar um ‘play-out’ de despromoção, com os quartos dos outros agrupamentos, entre eles a Estónia (Grupo 2).
Quanto à Liga D, as Ilhas Faroé seguraram a liderança do Grupo 1 e a subida à Liga C, ao empataram 1-1 em Malta, que marcou primeiro, por Matthew Guillaumier, aos 54 minutos. O 1-0 servia, mas, aos 70, Ari Mohr Jonsson restabeleceu a igualdade.
No Grupo 2, vitória para Gibraltar (oito pontos), que só precisou de empatar 1-1 na receção ao Liechtenstein (cinco).
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