A UEFA poderá afastar o árbitro Szymon Marciniak da final da Liga dos Campeões, que será disputado no dia 10 de junho. Em causa está o facto de o juiz polaco ter marcado presença num evento da extrema direita da Polónia no dia 29 de maio, promovido pelo partido de Slawomir Mentzen, o líder da Confederação, conhecido no país pela sua agenda racista, xenófoba, antissemita e homofóbica.
Além de marcar presença no evento denominado 'Everest', Marciniak promoveu o mesmo ao surgir em cartazes e chegou mesmo a discursar perante a plateia.
Escreve o jornal inglês 'The Guardian' que a presença do árbitro de 42 anos no evento não caiu bem no seio da UEFA. O organismo que rege o futebol europeu está a investigar a situação e uma decisão será tomada esta sexta-feira.
Através do seu porta-voz, a UEFA diz estar está a "par das alegações em torno de Szymon Marciniak" e está "a procurar uma urgente clarificação.
"A UEFA e toda a comunidade do futebol abominam os valores promovidos pelo grupo em questão e levam estas alegações de forma muito séria. Um comunicado será publicado amanhã [sexta-feira], depois de terem sido revistas todas as provas", disse porta-voz da UEFA.
A queixa na UEFA contra a presença de Szymon Marciniak neste evento da extrema-direita polaca foi apresentada pela Associação 'Never Again', uma organização independente da sociedade civil fundada em Varsóvia em 1996. A 'Never Again' tem feito campanha contra o racismo, antissemitismo e xenofobia, em prol da paz, diálogo intercultural e direitos humanos em todo o mundo.
Szymon Marciniak foi a escolha da UEFA para apitar a final da Liga dos Campeões de futebol entre Manchester City e Inter Milão, a disputar em 10 de junho, no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul.
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