A magia da Liga dos Campeões visitou nesta noite de terça-feira o Estádio do Dragão e os donos da casa ofereceram uma noite de gala aos adeptos. Depois do empate a uma bola trazido de Basileia, o FC Porto venceu por 4-0 na receção à turma de Paulo Sousa e carimbou o passaporte para os quartos-de-final da "Champions". Brahimi, Herrera, Casemiro e Aboubakar fizeram os golos azuis-e-brancos, todos eles de fora da grande área adversária.
Com o seu principal goleador, Jackson Martínez, de fora das opções para este jogo, Julen Lopetegui apostou em Vincent Aboubakar para a frente de ataque, acompanhado por Brahimi e Tello. Óliver Torres recuperou e integrou as opções do técnico espanhol, mas ficou no banco de suplentes, com a titularidade a ser oferecida a Evandro.
Diante de bancadas muito bem compostas, os "dragões" corresponderam logo no primeiro tempo ao favoritismo que Paulo Sousa lhes entregou. Aos 10 minutos de jogo, Brahimi irrompeu para dentro da grande área suíça mas foi derrubado por um defesa adversário. Os adeptos portistas reclamaram grande penalidade, mas o sueco Jonas Eriksson mandou seguir.
Pouco de seguida, o árbitro viria mesmo a assinalar falta por uma entrada de Walter Samuel sobre Tello, agora à entrada da grande área. Brahimi foi chamado a bater o livre e o argelino agarrou a oportunidade. Olhou para a bola e, com toda a tranquilidade, atirou para o fundo das redes do guardião checo Tomáš Vacklík, que nem sequer se mexeu. Corria o minuto 14 e os "dragões" já se colocavam em posição privilegiada para afastarem os suíços da Europa.
Aos 18 minutos, um contratempo para Julen Lopetegui: Fabiano e Danilo chocaram entre si e ficaram caídos no relvado. O guardião recuperou, mas o lateral teve de ser transportado em maca para o Hospital São João, sendo substituído por Martins Indi. O holandês assumiu o lado esquerdo da defesa e Alex Sandro passou para a direita.
A vantagem mínima manteve-se até ao final da primeira parte, mas antes do intervalo houve tempo para uma tentativa de Casemiro de longa distância, com a bola a falhar o alvo, e para Aboubakar encher o pé para uma "bomba" dirigida à baliza suíça, que por pouco não foi bem sucedida.
Se tudo parecia muito bem encaminhado ao intervalo, melhor ficou para a turma de Julen Lopetegui no arranque do segundo tempo. Logo aos 48 minutos, o mexicano Herrera recebeu a bola fora da área e fuzilou as redes de Vacklík para o 2-0. 3-1 na eliminatória e a questão praticamente resolvida. O momento do jogo, ainda assim, chegaria aos 56 minutos. Casemiro assumiu a conversão de um pontapé de livre a cerca de 30 metros da baliza adversária e decidiu arriscar o remate. Bola colocada ao ângulo e terceiro golo dos "dragões", com um golo para ver e rever.
Só depois do terceiro golo "azul-e-branco" os suíços tentaram dar o ar da sua graça, com uma boa jogada coletiva que culminou num remate de primeira de Zuffi a passe de Gashi. Fabiano conseguiu uma defesa apertada e evitou o golo de honra dos visitantes.
Com o 4-1 no agregado, Julen Lopetegui acabou por abdicar de Yacine Brahimi, que protagonizou uma exibição de grande nível, lançando Rúben Neves para ajudar a gerir a posse de bola. Os "dragões" continuaram a controlar a partida sem grandes dificuldades e chegariam mesmo ao quarto golo na partida, com novo remate de grande efeito. Desta vez foi Aboubakar, com um remate muito colocado de fora da área aos 76 minutos de jogo, fixando a eliminatória em 5-1 no resultado conjunto das duas mãos. Os suíços ainda terminaram a partida reduzidos a dez elementos, por acumulação de amarelos de Walter Samuel.
Tudo muito simples para o FC Porto, que continua invicto na presente edição da Liga dos Campeões e segue em frente na rota milionária. Para já, os "dragões" estão entre as oito melhores equipas da prova.
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