O treinador da Roma, José Mourinho, admitiu hoje que já só pensa na final da Liga Europa em futebol, frente ao Sevilha, em Budapeste, onde dificilmente o argentino Paulo Dybala poderá dar o contributo em campo.
Quando falta menos de uma semana para a final da segunda competição mais importante da UEFA a nível de clubes, o técnico português participou no ‘media day’ realizado em Trigoria, com vista à final na Puskas Arena, na capital da Hungria, na quarta-feira.
Apesar de ainda ter dois jogos para disputar na Liga italiana, na qual a Roma é sexta colocada, com 60 pontos, a quatro do AC Milan, a primeira equipa em posição de apuramento direto para a Liga dos Campeões na próxima temporada, ‘Mou’ vai apostar tudo contra os espanhóis em busca do troféu e, consequentemente, daquela qualificação.
"Apenas estou concentrado na final e um pouco na preparação do jogo com a Fiorentina. Penso na final e nada mais. Não estou preocupado nem como o meu futuro, nem com nada. Tudo é secundário quando se joga uma final”, começou por dizer Mourinho, que na época passada guiou os ‘giallorossi’ ao troféu da primeira edição da Liga Conferência Europa.
O estado físico daquele que é, para muitos, o melhor jogador do plantel, foi abordado pelo treinador português, que não se mostrou muito confiante na recuperação total, ainda que acredite num possível contributo para os instantes finais.
"Acho que não [está disponível], mas não escondemos o Paulo. A esperança é que ele possa, pelo menos, estar no banco. Com o Feyenoord esteve e fez o golo que nos levou para o prolongamento. Se Dybala puder ficar no banco e jogar dez, quinze minutos, eu vou ficar feliz”, explicou.
A simbiose entre Mourinho, que venceu as cinco finais europeias que disputou na carreira, e os adeptos romanos é notória desde a sua chegada ao comando técnico, pelo que, uma eventual conquista da Liga Europa, será inteiramente dedicada aos ‘tiffosi’.
“Não estou a pensar em mim, mas nos jogadores e nos adeptos. Adoraria ajudar os jogadores a vencer e tentar obter o que os fãs esperam”, confessou.
Depois defendeu que consegue ser adepto e deixar saudade em todos os clubes que defendeu, com a exceção de um, o Tottenham, de Inglaterra, o emblema que deixou antes de ingressar na Roma.
“Alguém pode sorrir quando digo que sou adepto do Real Madrid, Inter de Milão, Manchester United, e, agora, da Roma, porque dizem que não é possível, mas é assim para mim. Sinto uma ligação com todos os clubes, porque sentem que eu vesti a camisola e lutei por eles em cada dia”, argumentou.
Só pelo Tottenham é que não tem “um sentimento profundo”, segundo Mourinho, muito por culpa do “estádio vazio em tempo da covid-19” e do presidente Daniel Levy, que não permitiu ao português “ganhar uma final [Taça da Liga inglesa]”, ao despedi-lo dia antes.
Roma e Sevilha defrontam-se na quarta-feira, a partir das 20:00 (hora da Lisboa), na Puskás Arena, em Budapeste.
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