O processo judicial movido contra os futebolistas franceses Franck Ribéry e Karim Benzema, acusados de terem comprado os serviços de uma prostituta menor, foi hoje adiado pelo tribunal correcional de Paris e remetido para uma instância superior (Cour de Cassation).
Em causa está um recurso apresentado pelo advogado de Franck Ribéry sobre a constitucionalidade da lei que sanciona o recurso aos serviços de uma prostituta menor, que o tribunal correcional de Paris validou e que terá, agora, de ser apreciado pela instância superior francesa.
Numa sessão que decorreu sem a presença dos acusados, o juiz de instrução Carlo Alberto Brusa reconheceu que o texto da lei é impreciso e decidiu remetê-lo para a instância superior (Cour de Cassation), que vai examinar o pedido antes de o enviar ao Conselho Constitucional, órgão que terá de se pronunciar num prazo máximo de seis meses.
Franck Ribéry, médio do Bayern de Munique de 30 anos, é acusado de ter mantido relações sexuais pagas com Zahia, em 2009, designadamente num hotel da capital bávara, em festas em que esteve presente o seu cunhado, também acusado pelo tribunal.
No decorrer do processo, a jovem admitiu ter mentido sobre a sua idade por ocasião dos contactos sexuais, garantindo ser maior, uma posição que reiterou numa entrevista concedida no domingo ao canal de televisão francês TF1: «Não, eles não sabiam de todo (que eu era menor)».
O Ministério Público francês chegou a solicitar a não acusação de Ribéry, do seu cunhado e de Benzema, avançado do Real Madrid, argumentando que não sabiam que Zahia era menor, mas o juiz de instrução, André Dando, considerou que os dois futebolistas internacionais não o poderiam ignorar.
Durante a fase de inquérito, o médio do Bayern de Munique chegou mesmo a contestar que sabia que Zahia fosse uma prostituta e a negar ter pagado 700 euros.
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