O treinador português Diamantino Miranda pediu esta quinta-feira «perdão» pelas declarações proferidas «que podem ferir a suscetibilidade de muita gente».
O treinador convocou uma conferência de imprensa depois de ter sido notificado pelo Ministério do Trabalho moçambicano para abandonar o país nas próximas 48 horas.
«Queria convocar essa conferência de imprensa para tentar, sem entrar em grandes pormenores, explicar o que tinha acontecido em Vilankulos e sem nunca me ter passado pela cabeça ou me ter apercebido que aquela discussão que eu tive com uma pessoa que mais tarde vim a saber que era jornalista tinha sido gravada sem o meu consentimento», começou por dizer o treinador.
O técnico do Costa do Sol disse que nunca pensou mal de Moçambique e dos moçambicanos, justificando «pelas entrevistas dadas em Portugal sobre Moçambique».
Diamantino Miranda sublinhou que as suas declarações foram feitas na emoção do resultado final do jogo.
«Depois de me terem provocado, e é pena que não passem tudo que foi a provocação que foi feita por aquelas pessoas e que os dirigentes do clube e os funcionários viram, a minha reação é natural no futebol. Pode ser criticável nas palavras, mas aquilo que quero deixar bem claro, mesmo depois de ter acontecido o que está a acontecer hoje, nunca me passou pela cabeça ter os contornos que está a ter. Terem levado isto para um campo que nunca sonhei que pudessem levar», explicou.
«A única coisa que quero dizer mesmo sabendo que aconteceu isto é pedir desculpas a toda gente que se sentiu lesada, mesmo pela deturpação que foi feita das palavras e a interpretação mal feita. Quero pedir desculpas a toda gente, aos desportistas em geral, e principalmente áqueles que nada tem a ver com isto e que estão a ser usados que é o povo moçambicano, que levo no coração e de quem eu, sempre desde que aqui cheguei, tive grande consideração», disse Diamantino Miranda.
O treinador foi expulso de Moçambique e terá de deixar o país nas próximas 48 horas. O técnico português disse que os jornalistas moçambicanos vendiam-se por uma tigela de sopa e que eram todos ladrões.
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