O Mundial de Clubes de 2019 vai decorrer entre 11 e 21 de Dezembro em Doha, no Catar. O Flamengo de Jorge Jesus garantiu um lugar na prova como representante sul-americano da CONMEBOL, com a conquista da Taça Libertadores e, no mesmo dia, ficou conhecido também o nome do representante asiático, que será o Al-Hilal, vencedor da Liga dos Campeões da AFC e...antigo clube de Jesus.
A formação brasileira e a formação da Arábia Saudita juntaram-se aos já apurados Liverpool (vencedor da Liga dos Campeões da UEFA, campeão europeu), Espérance de Tunis (vencedor da Liga dos Campeões da AFC, representante africano), Monterrey (campeão da CONCACAF, representante da América do Norte e Central), Hienghène Sport (vencedor da Liga dos Campeões da OFC, representante da Oceania) e Al-Saad (campeão do Catar, representante do país anfitrião. Estão assim definidos os sete clubes que vão disputar a prova.
Muitos perspetivam já um apetecível duelo na final entre Flamengo-Liverpool - ou Jesus-Klopp. Mas, para que tal aconteça, os dois clubes terão de ultrapassar as meias-finais, paras as quais estão automaticamente apurados. A competição arrancará a 11 de dezembro, com o 'play-off' entre Al-Sadd e Hienghène Sport, seguindo o vencedor deste confronto para os quartos-de-final, onde defrontará o Monterrey. Quem levar depois a melhor terá como prémio um encontro com o campeão europeu Liverpool, na segunda meia-final, a 18 de Dezembro.
O outro jogo dos quartos-de-final já está definido e colocará frente-a-frente o Al-Hilal e o Espérance de Tunis. É daqui que sairá o adversário do Flamengo na primeira das meias-finais, agendada para 17 de dezembro. Jesus poderá, desta forma, vir a medir forças com a sua antiga equipa.
A final, tal como o encontro de atribuição dos 3º e 4º lugares, está marcada para quatro dias depois, 21 de dezembro. Se o cenário mais esperado - e aquele que mais vezes se verificou desde que o Mundial de Clubes veio suceder à Taça Intercontinental - é que o jogo decisivo coloque em duelo Liverpool e Flamengo, ou seja, o campeão europeu e o campeão sul-americano, também é verdade que não se trata de um dado adquirido. Em 14 edições, houve dez finais entre equipas europeias e sul-americanas, mas na edição da época passada, por exemplo, o Al-Ain, a participar como representante do então país anfitrião, os Emirados Árabes Unidos, surpreendeu o River Plate nas meias-finais antes de ser goleado pelo Real Madrid no jogo decisivo.
Antes, também Kashima Antlers (2016), Raja Casablanca (2013) e Mazembe (2010) quebraram o domínio das duas maiores confederações no que toca a presenças em finais. Nenhum, porém, conseguiu depois erguer o troféu. Um troféu que há seis edições não foge aos clubes europeus. O último vencedor sul-americano foi o Corinthians, quando em 2012 bateu o Chelsea. Jesus tem, portanto, mais um grande desafio à sua espera: quebrar a hegemonia europeia e levar o Flamengo a campeão do mundo.
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