Os Estados Unidos são os grandes dominadores da história do Mundial feminino de futebol, ao somarem metade dos títulos e o pleno de oito presenças no pódio da competição, que se realizou pela primeira vez em 1991.
Enquanto a versão masculina se joga desde 1930, as mulheres só 61 anos depois puderam confrontar-se ao mais alto nível, com as norte-americanas a dizerem ‘presente’ desde o primeiro dia, conquistando desde logo a edição inaugural, na China.
Depois do triunfo em 1991, sob o comando de Anson Dorrance, a seleção feminina dos Estados Unidos voltou a ganhar em 1999, em casa, liderada por Tony DiCicco, para, após três ‘falhanços’ seguidos, chegar ao ‘tri’ em 2015, no Canadá, e ao ‘tetra’ em 2019, em França, nas duas ocasiões sob o comando de Jill Ellis.
Pelo meio, a formação norte-americana, que nunca perdeu a liderança do ranking da prova, foi três vezes terceira, em 1995, na Suécia, em 2003, na segunda edição seguida em que foi anfitriã, e em 2007, no regresso à China, e segunda em 2011, na Alemanha.
Além dos Estados Unidos, apenas mais três seleções conquistaram o título mundial, a Alemanha, a outra formação que ‘bisou’, em 2003 e 2007, a Noruega, que ganhou a segunda edição, em 2005, e o Japão, vencedor em 2011.
As norte-americanas ‘mandam’ no histórico do Mundial e igualmente no dos Jogos Olímpicos, que, no feminino, e ao contrário do masculino, está ao mesmo nível, já que todas as seleções se apresentam com as melhores jogadoras.
Em sete edições do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos, arrebataram quatro medalhas de ouro, em 1996 e, de ‘rajada’, em 2004, 2008 e 2012, somando ainda uma prata, em 2000, e um bronze, em 2020. Apenas falharam os ‘metais’ em 2016, quando caíram nos ‘quartos’, perante a Suécia, nos penáltis.
No Mundial, os Estados Unidos começaram da melhor forma, vencendo a primeira edição com seis vitórias em seis jogos, incluindo duas goleadas a eliminar (7-0 a Taiwan e 5-2 à Alemanha) antes de um 2-1 à Noruega na final, selado com um ‘bis’ de Michelle Akers-Stahl, a melhor marcadora da prova (10 golos).
Em 1995, na segunda edição, as norueguesas ripostaram, ‘vingando-se’ nas meias-finais das norte-americanas, com um triunfo por 1-0, para, depois, vencerem na final a Alemanha por 2-0, num triunfo iniciado pela ‘Golden Ball’ Hege Riise.
Quatro anos volvidos, em 1999, os Estados Unidos voltaram, porém, a impor a sua ‘lei’, mas, na final, só conseguiram superar a China no desempate por penáltis (5-4), com a guarda-redes Briana Scurry a deter o pontapé de Liu Ying, após 120 minutos sem golos.
Em 2003, as norte-americanas eram favoritas, em casa, mas, depois de baterem a Noruega nos ‘quartos’, caíram com estrondo (0-3) nas ‘meias’, face à Alemanha, que, na final, bateu a Suécia por 2-1, graças a ‘golo de ouro’ de Nia Künzer, aos 98 minutos.
As germânicas tornaram-se, depois, em 2007, as primeiras a revalidar o título, numa prova que teve como epílogo um 2-0 - iniciado com um tento de Birgit Prinz - ao Brasil, que, nas ‘meias’, tinha ‘humilhado’ as norte-americanas (4-0).
Na edição seguinte, em 2011, a Alemanha foi anfitriã, em busca do ‘tri’, mas o sonho morreu logo nos ‘quartos’, com um desaire (0-1, após prolongamento) face ao Japão, que acabaria campeão, ao bater os Estados Unidos nos penáltis (4-2), depois de duas desvantagem anuladas nos 120 minutos, por Aya Miyama (81 minutos) e a ‘Bola de Ouro’ Homare Sawa (117).
As norte-americanas voltaram aos títulos em 2015, numa prova em que, numa meia-final entre bicampeãs, superaram a Alemanha por 2-0, para, na final, baterem o Japão por 5-2, com um ‘fulminante’ 4-0 aos 16 minutos, incluindo um ‘hat-trick’ de Carli Lloyd, a melhor jogadora e marcador da prova.
Em 2019, os Estados Unidos lograram, pela primeira vez, revalidar o cetro, com três 2-1 a eliminar (Espanha, anfitriã França e Inglaterra) antes de um 2-0 na final aos Países Baixos, com um penálti a abrir da ‘Bola de Ouro’ Megan Rapinoe.
A nona edição, e primeira alargada a 32 seleções, está marcada para 2023, entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia, onde vão estar, entre outras, as quatro campeãs mundiais, e igualmente oito estreantes (Haiti, Marrocos, Panamá, Filipinas, Portugal, República da Irlanda, Vietname e Zâmbia).
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