A futebolista Fátima Pinto, garantindo estar totalmente recuperada da lesão que a incomodou nos últimos dias, deixou hoje claro que o objetivo de Portugal é vencer os Países Baixos na estreia no Mundial feminino de 2023.
“Queremos ir jogo a jogo, queremos ganhar, não escondemos isso a ninguém. Sabemos que é difícil, mas o nosso objetivo passa por ganhar o primeiro jogo”, frisou Fátima Pinto, antes do treino matinal da formação das ‘quinas’ em Auckland, na Nova Zelândia.
A formação das ‘quinas’ vai reencontrar no domingo, em Dunedin, a partir das 19:30 locais (08:30 em Lisboa), uma seleção com a qual se bateu na fase final do Euro2022, perdendo por 3-2, num embate em que ainda chegou a recuperar de 0-2 para 2-2.
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“Sabemos que é uma equipa diferente da que encontrámos no Europeu. Tem um novo treinador, joga de maneira diferente, mas estamos preparadas para o que aí vem”, garantiu, adiantando que, fisicamente, está “totalmente recuperada”.
O primeiro jogo de sempre de Portugal num Mundial feminino está a quatro dias de distância, e a média, que atuou nas espanholas do Alavés em 2022/23 e vai regressar ao Sporting em 2023/24, não esconde a ansiedade de o disputar.
“Estamos bem, estamos com muita vontade de jogar o primeiro jogo. Temos trabalhado todos os dias para isso. Estamos a observar as adversárias. Temos a nossa estratégia e vamos continuar o nosso trabalho até ao dia do jogo”, explicou.
O encontro com os Países Baixos pode ser determinante, num grupo ainda com a presença dos Estados Unidos e também do Vietname, mas Fátima Pinto não lhe quer dar essa conotação.
“Eu diria que num Mundial todos os jogos são finais. O nível é muito alto, as equipas estão cá porque têm muita competência e vai ser jogo a jogo”, avançou.
Além da componente futebolística, há também a parte psicológica, que não pode ser descurada.
“Acho que o mais difícil é a gestão emocional. Temos de ser muito fortes nisso, até porque, se estamos cá, temos igualmente qualidade, como as outras equipas, apesar de elas estarem acima no ranking. No nosso grupo, temos a vice-campeã e a campeã [do Mundo], mas futebol é futebol e cada jogo é um jogo”, disse.
Fátima Pinto congratulou-se também com a mensagem de Cristiano Ronaldo, o ‘capitão’ da seleção masculina, de apoio à formação feminina, desde o Algarve, onde está a estagiar com o seu clube, os sauditas do Al Nassr.
“Ter o nosso capitão e o melhor jogador do Mundo a dirigir-nos estas palavras é um sentimento incrível. É bom sentirmos que temos Portugal connosco. Viu-se em Portugal. A Federação também está a fazer um excelente trabalho a esse nível. Fico muito feliz e queria agradecer ao Cristiano Ronaldo e a todas as pessoas que nos estão a apoiar”, afirmou a média lusa.
A finalizar, a jogadora que conta já 79 internacionalizações ‘AA’ (três golos), pediu apoio à distância: “Ponham o despertador, vejam os nossos jogos, vai valer a pena. Vamos apresentar um bom futebol. É isso que nós queremos. Precisamos do vosso apoio”.
A formação das ‘quinas’ defronta as neerlandesas, as vice-campeãs mundiais em título, no domingo, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), em Dunedin, em embate da primeira jornada do Grupo E.
Depois do jogo com os Países Baixos, a seleção lusa enfrenta o também estreante Vietname, em Hamilton, em 27 de julho, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), fechando o Grupo E face aos Estados Unidos, as vencedoras dos últimos dois Mundiais, em Auckland, em 01 de agosto, pelas 19:00 locais (08:00).
A prova arranca na quinta-feira, pelas 19:00 locais (08:00 em Lisboa), com o jogo entre a anfitriã Nova Zelândia e a Noruega, que se defrontam no Eden Park, em Auckland, em embate da ronda inaugural do Grupo A.
A nona edição do Mundial feminino de futebol realiza-se de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
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