No pior jogo até agora dos quartos-de-final, a Argentina venceu a Bélgica por 1-0 e marca presença nas meias-finais, 24 anos depois. A Bélgica deu uma péssima imagem na despedida do Mundial2014. Higuaín fez o único golo do encontro aos oito minutos da 1.ª parte.
Num encontro que se esperava muito complicado para a Argentina, acabou por ser um autêntico passeio para a seleção das Pampas, principalmente na 1.ª parte. Para se ter uma ideia do apagão belga, o primeiro remate com perigo na primeira parte surgiu aos 42 minutos, num cabeceamento de Mirallas para fora.
Sem se saber porquê (o jogo iniciou-se às 13h00 hora de Brasília, onde havia 26 graus e 34 por cento de humidade), a Bélgica deu uma pálida imagem de si, jogando a passo, sem intensidade nem movimentos que pudessem perigar a defesa argentina.
Sem se importar com a “moleza” belga, a Argentina entrou forte, marcou um golo e recuou. O tento surge dos pés de Higuaín, num remate de primeira, após ressalto na área. Di Maria tentou dar para Zabaletta, a bola bateu num belga e sobrou para o avançado do Nápoles que atirou a contar.
Esperava-se que o golo aos oito minutos pudesse espevitar o jogo, já que iria obrigar os belgas a apostarem mais no ataque, deixando espaços para os contra-ataques da seleção das Pampas. A reação da equipa de Wilmots nunca chegou. Os alas não desequilibravam, os laterais não davam muita profundidade, Hazard andava perdido em campo, tudo era feito a passo, sem pressa. Demasiado pouco para uma equipa que muito prometeu, dado os seus valores individuais.
A Argentina, sem se esforçar muito, ia ameaçando o segundo golo em contra-ataques. Di Maria e Messi (fez o jogo 92 pela Argentina, igualando Maradona) estiveram perto do 2-0 mas não acertaram com o alvo. O extremo do Real Madrid viria mesmo a sair aos 32 minutos, com queixas musculares, entrando o benfiquista Enzo Pérez para o seu lugar. O intervalo chegou com a Argentina a vencer sem fazer muito por isso e a Bélgica a "dormir", não mostrando qualquer intenção de virar o jogo.
E como os homens de Wilmots não se mostravam interessados (há muito valor individual na equipa) em marcar, a Argentina lá ia ameaçando o 2-0 em jogadas de contra-ataque. Higuain atirou a barra aos 55 minutos, depois de passar por vários adversários como faca quente em manteiga. Demasiado espaço, demasiada apatia dos Diabos Vermelhos.
O selecionador belga ainda tentou agitar as "águas", colocando em campo o avançado Lukaku e os extremos Mertens e Chadli para os lugares dos muito apagados, Hazard, Origi e Mirallas. Todas substituições que não mudaram o figurino do ataque.
O perigo só sondou a baliza de Romero aos 61, num cabeceamento de Fellaini que saiu por cima e num corte de Garay quase dava autogolo aos 65. As 68.551 pessoas que estiveram no Estádio Nacional Mané Garrincha em Brasília estavam a presenciar o pior jogo dos já realizados nestes quartos-de-final.
Nos instantes finais a Bélgica tentou o golo através do futebol direto, atirando bolas par a a área onde estavam as "torres" Lukaku,Fellaini e Van Buyten que foi ajudar lá a frente. Mas aquilo que se registou foram foras-de-jogo e faltas no ataque.
Mesmo a acabar, Messi poderia ter feito o seu golo mas perdeu no duelo com Coutois, depois de ser isolado por Palacios.
A Argentina, que já tinha vencido um e perdido outro nos anteriores encontros com os belgas, segue assim para as meias-finais, onde não marcava presença há 24 anos. Esta foi também a primeira derrota de Wilmots em jogos oficiais, desde que é selecionador belga.
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