A Argentina tem um balanço “nulo” em termos de finais do Mundial de futebol, com duas vitórias, em 1978 e 1986, e duas derrotas, em 1930 e 1990, em vésperas da terceira consecutiva com a Alemanha.
A formação “albi-celeste” venceu os germânicos em 1986, no México, graças a um triunfo por 3-2, oito anos depois de selar em casa o primeiro título, numa final com a Holanda, arrebatado com uma vitória por 3-1, após prolongamento.
Na última presença, em 1990, a Argentina perdeu por 1-0 com a RFA, por culpa de um penálti “fantasma”, em Itália, seis décadas depois de ter participado na final da edição inaugural do Mundial, que perdeu por 4-2 para o anfitrião Uruguai.
Os argentinos só precisaram de uma edição para atingirem a final, em 1930, ao vencerem o seu grupo da primeira fase, com triunfos sobre França (1-0), México (6-3) e Chile (3-1), e golearam nas meias-finais os Estados Unidos (6-1).
Em Montevideu, na final, os anfitriões marcaram primeiro, por Pablo Dorado, aos 12 minutos, mas os argentinos viraram o resultado e chegaram na frente ao intervalo, com tentos de Carlos Peucelle, aos 20, e Guillermo Stabile, aos 37.
Na segunda parte, os uruguaios, que apenas tinham cumprido dois jogos na fase de grupos, acabaram por chegar ao primeiro título, com três golos sem resposta, da autoria de Pedro Cea (57 minutos), Santos Iriarte (68) e Hector Castro (89).
A Argentina teve de esperar quase meio século, mais precisamente 48 anos, para atingir nova final, numa edição de 1978 em que foi anfitriã.
A 25 de junho, em Buenos Aires, Mario Kempes adiantou os argentinos, aos 38 minutos, mas, perto do final, aos 82, Dick Nanninga restabeleceu a igualdade e, já nos descontos, a então vice-campeã em título Holanda quase chegou ao segundo.
No prolongamento, Kempes “bisou”, aos 105 minutos, e, aos 116, Daniel Bertoni selou o triunfo do “onze” de Cesar Luis Menotti, fazendo da Argentina a sexta campeã mundial.
Depois de falharem em 1982, os argentinos voltaram à final em 1986 e conseguiram o “bis”, agora face à RFA, num jogo em que chegaram a 2-0, com golos de José Luís Brown, aos 23 minutos, e de Jorge Valdano, aos 55.
Karl-Heinz Rummenigge, aos 74 minutos, e Rudi Völler, 80, ainda restabeleceram a igualdade, mas, aos 83, “sua alteza” Diego Armando Maradona soltou-se das “amarras” de Lothar Matthaus e isolou Jorge Burruchaga, que marcou o 3-2 final.
No Estádio Azteca, na Cidade do México, o “capitão” Diego Armando Maradona pôde, assim, levantar bem alto a taça de Campeão do Mundo, ele que levara a Argentina às costas até à final, com “bis” a Inglaterra e Bélgica.
Quatro anos depois, e mesmo com Maradona longe do seu melhor, a Argentina voltou à final, em Itália, mas não conseguiu repetir o triunfo, caindo frente à RFA por 1-0, por culpa de um penálti “fantasma” convertido por Andreas Brehme.
Dizimados pelos castigos, por culpa de uma “imensa” meia-final em Nápoles com a Itália, os argentinos resistiram heroicamente até aos 85 minutos, altura em que o árbitro mexicano Ernesto Codesal Mendez decidiu o jogo.
Vinte e quatro anos depois, e com Lionel Messi como grande figura, a Argentina via disputar a sua quinta final e terceira consecutiva com a Alemanha, que, como em 1990, se apresenta como favorita, agora no mítico Maracaña.
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