A seleção portuguesa de futebol pode na terça-feira recuperar a liderança do Grupo A de qualificação para o Mundial2022 e terminar com as ténues esperanças do Luxemburgo em reentrar na ‘luta’, após o desaire com a líder Sérvia.
Portugal ocupa o segundo posto do grupo, com 13 pontos, menos um do que os sérvios, que no sábado, ao mesmo tempo que a equipa das ‘quinas’ vencia o particular com o Qatar (3-0), bateram fora os luxemburgueses por 1-0, com um tento de Dusan Vlahovic, e subiram ao primeiro lugar, embora com mais uma partida.
Na terça-feira, em caso de triunfo sobre o Luxemburgo, no Estádio Algarve, a equipa das ‘quinas’ poderá voltar ao topo do Grupo A, embora não dependa apenas de si própria para o conseguir.
Precisará, igualmente, de uma ‘ajuda’ do Azerbaijão no reduto dos sérvios, algo que parece pouco provável, tendo em conta que o melhor que os azeris conseguiram nesta fase de apuramento foi um empate com a República da Irlanda.
Ainda assim, Portugal continua exclusivamente a depender de si para se qualificar diretamente para o Campeonato do Mundo, sendo certo que três vitórias nos três jogos que restam será sinal de ‘carimbo’ no ‘passaporte’ para o Qatar – os sérvios também só precisam de vencer os seus dois jogos.
Já o Luxemburgo, que também tem menos um jogo, é terceiro, com seis pontos, pelo que sabe que tudo o que não seja um triunfo no Algarve significará o adeus definitivo a qualquer réstia de esperança que ainda acalente.
Tal como já tinha revelado antes da partida, Fernando Santos fez várias poupanças diante dos qataris, sendo previsível que a maioria dos jogadores que estiveram no banco de suplentes – alguns entrando no decorrer da segunda parte – possam ser titulares com o Luxemburgo, como são os casos de Palhinha, Bruno Fernandes, Bernardo Silva ou João Moutinho.
Face às dificuldades que Portugal sentiu no Luxemburgo (3-1), onde, em março, chegou a estar em desvantagem, é certo que o selecionador não vai poupar na ‘artilharia’, proporcionando, por exemplo, que Rui Patrício atinja as 100 internacionalizações, e que Pepe e Rúben Dias ‘fortifiquem’ o eixo defensivo, depois de não terem sido utilizados no particular de sábado, à semelhança de João Cancelo.
Apesar de Matheus Nunes e Rafael Leão terem dado boas indicações e aumentado, certamente, as ‘dores de cabeça’ – positivas – do técnico, a principal fonte de alguma preocupação será Diogo Jota, já que o melhor marcador luso na fase de qualificação (quatro golos) tem apresentado problemas musculares e ainda não realizou qualquer treino desde o arranque da preparação.
Diante de um adversário que venceu em 16 ocasiões e ao qual concedeu apenas uma derrota, em 1961, e um empate, em 1991, interessará à seleção nacional dar sequência ao histórico com o Luxemburgo, que lhe abra perspetivas de fazer um ‘xeque-mate’ no apuramento, em novembro, quando visitar a República da Irlanda e receber a Sérvia, nos últimos duelos no Grupo A.
O jogo entre Portugal e Luxemburgo está agendado para terça-feira, a partir das 19:45, no Estádio Algarve.
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