Tudo aconteceu no Mundial de 1978, na altura disputado na Argentina e e conquistado pela seleção anfitriã. Mas não é da vitória final frente à Holanda (3-1), que deu o primeiro Mundial à Argentina, que vamos falar.
Na verdade, este derradeiro jogo só se realizou depois de um polémico 6-0 aplicado ao Perú, num resultado que levou à desconfiança quanto à seriedade competitiva dentro de campo.
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Mas, vamos por partes. Até este jogo, a Argentina acabou por ser bem sucedida nas duas fases de grupos. Recorde-se que nesta altura os Campeonatos do Mundo não se decidiam pelos oitavos, quartos ou meias-finais.
Na primeira fase de grupos, 'La Albiceleste' ficou em segundo lugar no grupo 1 liderado por Itália e que também contava com França e Hungria. Juntamente com o pódio dos restantes três grupos, passou-se para a segunda fase. Aí eram só dois grupos e a Argentina teria de ficar em primeiro face ao Perú, Polónia e Brasil, o principal concorrente.
O caso que vamos falar aconteceu no dia 21 de junho quando os argentinos, já cientes do resultado do Brasil frente à Polónia (3-1), tinham nas mãos a qualificação para a final. (Bastava) uma goleada de quatro golos de diferença frente ao Perú porque o único fator de desempate frente aos 'Canarinhos' era a diferença de golos.
Para começar a polémica, a Argentina conseguiu que o seu jogo apenas se realizasse depois do Brasil-Polónia. Depois, tudo o que aconteceu dentro de campo foi, no mínimo, insólito. O 6-0 final deixou algumas dúvidas, uma vez que o Perú não parecia a mesma seleção que até então tinha brilhado na competição. Kempes (com um bis), Tarantini, Luque (também com um bis) e Houseman fecharam a contagem com o guarda-redes do Perú, Quiroga, a ficar muito mal na fotografia.
Para aumentar a polémica, Quiroga era um guardião recém-naturalizado como peruano e antes era de nacionalidade... argentina.
Com os dados lançados, terá sido um jogo em que a Argentina usufruiu do jogo de 'bastidores' para alcançar a tão desejada final depois conquistada?
Na altura, falou-se de um pacto ou de um acordo financeiro entre os dois países, mas algo que nunca ficou provado. Caso seja verdade, não é só em 2022 que o futebol fora das quatro linhas consegue ser mais falado que os pontapés dados dentro do relvado.
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