Declarações de Pepe, central de Portugal, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com a Coreia do Sul.
Individualidades na Seleção: "Temos todos os ingredientes, mas se não os juntarmos, não o podemos fazer. Foi um exemplo que o mister nos deu. Se não os juntarmos e não fizermos a salada, não adianta o tomate ou a cebola estarem sozinhos. Se não trabalharmos, não respeitarmos os adversários, não fizermos o que o treinador prepara, de que adianta termos muita qualidade? O mais importante é o grupo saber, independentemente de quem joga, que temos de dar o melhor a vestir a bandeira."
Temeu não estar no Mundial após a lesão? "Quando me lesionei, não dormia. Queria recuperar o mais rápido possível para poder estar aqui a disputar mais um Mundial na minha carreira, queria dar o contributo à minha Seleção, ajudar a conseguir vitórias. Este caminho foi longo, mas já passou, faz parte do passado. Agora é olhar para a frente, com ambição de dar o melhor e poder ganhar a competição".
Elogios de Bruno Alves: "Foi um jogador com o qual tive muitas oportunidades de jogar, tanto na Seleção como no clube. É bom que no futebol haja pessoas como o Bruno, que falam de futebol".
Rápida recuperação: "Agradecer à Federação e ao clube, têm um departamento médico extraordinário, faz com que não só eu, com 39 anos, mas outros com 20, possam recuperar o mais rápido possível para estarem à disposição do treinador. Agradecer a esses profissionais que não aparecem diariamente mas dão todo esse contributo para os jogadores".
Condição física: "Se estou aqui hoje é porque estou apto para jogar. Não joguei no primeiro jogo, opção do treinador, e infelizmente pude jogar o segundo por uma infelicidade de um companheiro. Isso acontece, mas era bom que não pudesse acontecer. Estamos sujeitos a isso. Procurei corresponder da melhor maneira ao que o treinador pediu. O mais importante é o grupo estar forte, coeso, e acredito que estamos. Independentemente de quem jogue, vai sempre tentar dar o melhor para ajudar Portugal e fazer o que o treinador nos pede no momento".
É o último Mundial de Pepe? "Não vou entrar por aí, se é o último ou não. Estou aqui para desfrutar deste Mundial ao máximo. Sou um privilegiado por acordar e poder fazer o que mais amo. Temos grandíssimos jogadores, isso é um facto. Espero que o António Silva possa fazer o seu percurso naturalmente, tal como o Rúben Dias fez quando foi ao Mundial na Rússia. Desejar ao António a melhor das sortes, que também é a nossa sorte, e que possa jogar e ajudar Portugal e desenvolver-se no seu clube".
Estão prontos para vencer o Mundial? "Trabalhamos para isso e isso é o mais importante. Tentamos ter o máximo de rigor relativamente ao que é pedido pelo mister, se assim for vamos estar mais próximos de ganhar jogos. Temos de trabalhar muito como equipa, como temos vindo a fazer, e é isso que vamos procurar fazer até ao final".
Análise a Coreia do Sul: "É uma equipa com jogadores muito ágeis, de muita qualidade, trabalhadores. Vocês tiveram a oportunidade de ver o que a Coreia do Sul fez nos outros jogos. São muito bem organizados, sabem o que fazem dentro de campo. Não vou referenciar um jogador específico, prefiro dar valor ao coletivo. Já tive oportunidade de trabalhar com o mister Paulo Bento e sei o que ele pede. É muito do coletivo, da equipa, e é esse o espírito que eles têm, de roubar a bola e contra-atacar o mais rápido possível para apanhar o adversário desprevenido".
Gostaria de defrontar a Sérvia para se vingar? "O mais importante é pensarmos no jogo de amanhã. Nós jogamos antes do jogo do Brasil e da Sérvia, por isso o mais importante é entrarmos em campo com a exigência que temos. Amanhã vai-se notar isso. Vamos entrar para fazer o nosso trabalho, poder ganhar o jogo, e esse é o nosso foco".
Na sexta-feira, Portugal defronta a Coreia do Sul, a partir das 18:00 locais (15:00 em Lisboa), no Estádio Education City, em Doha, em jogo da terceira jornada do Grupo H do Mundial2022, que decorre até 18 de dezembro, no Qatar.
A equipa das ‘quinas’, que assegurou a qualificação para os oitavos de final com o triunfo sobre o Uruguai (2-0), lidera o grupo, com seis pontos, mais três do que o Gana, segundo, e mais cinco face a sul-coreanos, treinados por Paulo Bento, e uruguaios, que, à mesma a hora, defrontam os ganeses.
O SAPO está a acompanhar o Mundial mas não esquece as vidas perdidas no Qatar. Apoiamos a campanha da Amnistia Internacional e do MEO pelos direitos humanos. Junte-se também a esta causa.
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