Actualmente no Corinthians, mas fora dos planos de Carlos Dunga para o Mundial de 2010, o ex-avançado de FC Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão destronou o alemão Gerd Müller, líder desde 1974, com 14, na última edição.
Ronaldo chegou ao Mundial de 2006 com 12 golos, quatro em 1998 e oito em 2002 - edição em que foi o melhor marcador -, tendo deixado para trás o compatriota Pelé (12, entre 1958 e 70) e igualado Müller ao terceiro jogo da primeira fase.
Depois de ter ficado em “branco” face a Croácia e Austrália, o número 9 brasileiro “bisou” face ao Japão (4-1), colocando-se em excelente posição para vir a liderar isolado, o que aconteceu logo ao quinto minuto dos “oitavos”.
Face ao Gana, a 27 de Junho de 2006, em Hanover, Ronaldo inaugurou o marcador, tornando-se o melhor marcador de sempre, com 15 golos, num embate que o “onze” de Carlos Alberto Parreira venceu por 3-0.
Em 1998, Ronaldo logrou quatro tentos, um dos quais nas meias finais, face à Holanda, e, em 2002, só não mercou nos “quartos”, face à Inglaterra, “vingando-se” a seguir, ao apontar os últimos três tentos brasileiros na prova, face à Turquia (1-0, nas “meias”) e à Alemanha (2-0, na final).
Face à ascensão do “fenómeno”, Gerd Müller caiu, 32 anos depois, para o segundo posto: figura mítica do Bayern Munique, foi o melhor marcador em 70, com 10 tentos, aos quais adicionou quatro em 1974, um deles na final, que selou a vitória da RFA sobre a Holanda (2-1, em Munique).
No último lugar do pódio segue o francês Just Fontaine, que foi líder da tabela antes de Müller e desde o Mundial de 1958, no qual chegou aos 13 golos, em seis jogos, marca praticamente impossível de superar em apenas uma edição.
Fontaine esteve intratável, ao marcar em todos os encontros: três ao Paraguai (7-3), dois à Jugoslávia (2-3) e um à Escócia (2-1), na primeira fase, dois à Irlanda do Norte (4-0), nos quartos de final, um ao Brasil (2-5), nas meias-finais, e quatro à RFA (6-3), no jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares.
A subida de Ronaldo fez também “cair” do pódio o “rei” Pele, que não foi o “rei” dos marcadores em qualquer edição, mas assinou o ponto em quatro (seis em 1958, com 17 anos, um em 1962, um em 1966 e quatro em 1970).
Nos lugares imediatos do “ranking”, estão, com 11 golos, Sandor Kocsis - todos apontados na edição 1954, na qual a sua Hungria apresentou uma “equipa de sonho” - e o alemão Jürgen Klinsmann (três em 1990, cinco em 1994 e três em 1998).
Na casa das dezenas, seguem ainda o germânico Helmut Rahn (marcou em 1954 e 1958), o peruano e ex-portista Teofilo Cubillas (70 e 78), o polaco Grzegorz Lato (74, 78 e 82), o inglês Gary Lineker (86 e 90), o argentino Gabriel Batistuta (94, 98 e 2002) e o alemão Miroslav Klose (2002 e 2006).
Logo abaixo, com nove tentos, surgem nove jogadores, entre eles o melhor português: no Inglaterra’66, única edição em que participou, Eusébio da Silva Ferreira foi o “rei”.
Nos anais da competição, vai também figurar para sempre o francês Lucient Laurent, que só marcou um golo, mas conseguiu-o antes de qualquer outro jogador: a 13 de Julho de 1930, no embate inaugural da prova realizada no Uruguai, entre a França e o México (4-1), em Montevideu.
Muitos outros golos entraram na história, como o do inglês Geoff Hurst na final do Inglaterra’66 ou os dois, um com a “mão de Deus” e outro após fintar mais de meia equipa inglesa, do argentino Diego Armando Maradona no jogo com a Inglaterra dos “oitavos” do México’86.
Em termos colectivos, quem mais contribuiu foi a selecção do Brasil, única totalista e mais vezes campeã (cinco títulos), que soma 201 golos, contra 190 de Alemanha, 122 da Itália e 113 da Argentina - Portugal já contribuiu com 32.
No total, marcaram-se 2063 tentos, em 708 jogos, o que perfaz uma média de 2,91 golos por encontro, registo que se deve aos primórdios: desde o Suécia’58 (3,60) que a fasquia dos três tentos por jogo não é ultrapassada.
Comentários