Na véspera da final entre Espanha e Holanda, o pódio 100 por cento europeu na África do Sul pode ficar desde já definido, a menos que o Uruguai contrarie a tendência histórica amplamente favorável para a "mannschaft", vencedora em oito de nove confrontos directos já disputados, antes deste embate de Port Elizabeth.
Inesperada presença no quarteto final, o Uruguai caiu com honra nas meias-finais (perdeu por 3-2 com a Holanda), mas o técnico Oscar Tabarez espera um pouco mais: "seria estupendo ganhar à Alemanha e também ao polvo", disse, aludindo ao mediático polvo Paul, que previu a vitória germânica.
Tabarez, que termina contrato como seleccionador, mas já afirmou que gostaria de continuar, pode fazer, em caso de vitória, o melhor resultado uruguaio desde os títulos de 1930 e 1950. "Seria fantástico fazê-lo ante a Alemanha, que tem um historial maravilhoso".
O treinador espera dos seus pupilos "tanta motivação" como no jogo dos terceiro e quarto lugares de há 40 anos, justamente contra os germânicos.
A vitória do Uruguai sobre a Alemanha só aconteceu nos Jogos Olímpicos de 1928. Depois disso, a história é francamente favorável a germânicos, com seis vitórias e dois empates (e 24-9 no total de golos). A última vez que se cruzaram foi há 17 anos, num particular em que a "mannschaft" goleou por 5-0.
Em Port Elizabeth, as novidades no Uruguai são o regresso de Diego Lugano, que estava lesionado, e sobretudo a boa recuperação de Diego Forlán, "tocado" após o jogo contra a Holanda.
Com quatro golos na África do Sul, Forlán ainda sonha com o título de melhor marcador, seguindo em terceiro numa lista encabeçada pelo espanhol David Villa e pelo holandês Sneijder, com cinco golos.
O portista Fucile e o benfiquista Maxi Pereira estão no "onze" titular previsto: Fernando Muslera, Jorge Fucile, Diego Lugano, Diego Godín, Martín Cáceres, Maximiliano Pereira, Diego Pérez, Egidio Arévalo Ríos, Edinson Cavani, Diego Forlán e Luis Suarez.
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