Era dia dos portugueses irem a votos, e pouco depois de terem sido mostradas pelas televisões as primeiras projeções com os resultados, o Benfica entrava em campo para medir forças frente ao Estoril.
Roger Schmidt revolucionou, remetendo para o banco de suplentes João Neves, Rafa Silva e Di María. A partida teve momentos distintos, a equipa já não ganhava há três jogos, e já próximo do final da primeira parte ouviram-se protestos das bancadas. Era por isso necessária uma exibição convincente, mas sobretudo urgia o regresso às vitórias. Tiago Gouveia e Florentino eram apostas no onze, assim como Marcos Leonardo.
Pela frente os encarnados tinham o 16.º classificado da I Liga, uma equipa necessitada de pontos e com vontade de criar problemas perante quase 50 mil espectadores na Luz.
Desde cedo o Benfica assumiu a batuta de jogo, contudo com lentidão e circulação de bola lenta face a um Estoril empenhado em erguer uma teia defensiva que dificultasse ‘a vida’ à equipa de Roger Schmidt, com uma linha de cinco no momento defensivo, quatro no miolo e uma referência ofensiva.
Sem estar a fazer muito por isso, e com dificuldade em entrar na área estorilista, o Benfica conseguiu chegar ao golo num pontapé portentoso de Kokçu – ele que jogou numa posição mais ofensiva. O médio turco encontrou espaço, e com um pontapé em arco conseguiu bater Dani Figueira.
Veja o resumo da partida
Só que o Estoril respondeu da melhor forma ao tento sofrido. Jogada de Heriberto a romper, e a passar por António Silva, Trubin não conseguiu segurar o esférico, e Rodrigo Gomes 'no campo de tiro' fuzilou e restabeleceu a igualdade.
Ainda antes do intervalo, - e depois de se já se ter feito ouvir um coro de assobios na Luz, e da partida ter estado interrompida devido ao lançamento de tochas para o relvado - o Benfica conseguiu ir para o intervalo em vantagem. Cruzamento de David Neres, Tiago Gouveia amorteceu o esférico e Marcos Leonardo ao segundo porte confirmou o golo. Que forma de acalmar as hostes"
A abrir o segundo tempo, o Benfica voltou a ser competente e dilatou a vantagem para 3-1. Kokçu fez a assistência, Gouveia isolou-se perante o espaço dado pela defensiva estorilista, passou por um adversário e atirou para o fundo da baliza.
Os visitantes ainda assim não desmotivaram. Tentaram alvejar a baliza de Trubín, que teve que se aplicar num par de ocasiões, depois de pontapés de Marqués e Heriberto.
Kokçu continuava a ser o senhor do jogo, foi por ele que passou a dinâmica ofensiva das águias. Aursnes também quis deixar a sua marca. Numa jogada pela esquerda o norueguês 'abriu o livro', deixando para o remate de Marcos Leonardo, que acabou condicionado pela ação de Mangala. O lance foi analisado pelo VAR, e o árbitro confirmou, de viva voz, que não havia lugar à marcação de uma grande penalidade.
Roger Schmidt mexeu nos minutos finais, mas o marcador não viria a alterar-se. O Benfica somou os três pontos, e reduziu a diferença para um ponto face ao líder Sporting.
Momento
O pontapé de Kokçu, à passagem do minuto 15. Remate em arco, pleno de intenção, num golaço na Luz que fez levantar as bancadas.
Melhores
Aursnes
Competente a defender, excelente a atacar. O norueguês fez a diferença no corredor, com tabelinhas, combinações, quase oferecendo de bandeja o golo a Marcos Leonardo.
Kokçu
O melhor em campo na Luz. Foi um dínamo na forma como levou a equipa para a frente ofensivamente. Marcou um golo de grande nível num remate portentoso. Sempre de cabeça levantada, a tentar descobrir as melhores soluções. Talvez a melhor partida do turco, que jogou mais à frente no terreno face às ausências de Rafa Silva e Di María.
Tiago Gouveia
Acabou por fazer o mesmo que Kokçu, um golo e uma assistência. Não festejou por respeito à antiga equipa. Justificou plenamente a aposta de Roger Schmidt.
Rodrigo Gomes
Grande jogo do jovem criativo do Estoril que esta temporada está a patentear uma temporada de grande nível. Já soma sete golos e sete assistências em 28 jogos.
Reações
Vasco Seabra destaca defesas de Trubin, Bernardo Vital lamenta distrações
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