O Desportivo das Aves, 12.º classificado, com 29 pontos, vai defrontar o Nacional, no 15.º lugar, no limite da permanência, com 26, na Madeira, a partir das 15:30 de sábado, em jogo da I Liga.

Na antevisão ao encontro frente à formação insular, no sábado, o técnico avense advertiu que o grande obstáculo a esta ambição do Aves está no próprio Nacional, também na luta pela permanência e que até venceu o jogo da primeira volta (3-2).

"Quando cheguei cá, tínhamos acabado a primeira volta com 12 pontos e, a partir desse momento, todos os jogos para nós são muito importantes. As jornadas cada vez são menos, as recuperações começam a ser cada vez mais complicadas e difíceis e por isso temos a sensação de que, se ganharmos o jogo na Madeira, nada fica resolvido, mas damos um passo importante para aquilo que pretendemos", disse Augusto Inácio.

"O adversário também está a pensar o mesmo, sabe que é o jogo da vida deles, tem 26 pontos e pode igualar-nos nos 29. Em caso de derrota, ficam numa situação muito complicada e nós ficamos numa situação confortável, embora não decisiva. Fazendo 32 pontos, ficamos mais perto dos 36 de que ando a falar há muito tempo. É um jogo importantíssimo para os dois. Queremos muito ganhar e acreditamos que podemos ganhar", sublinhou.

Inácio lamentou, no entanto, a ausência forçada de Derley, criticando o cartão amarelo exibido ao avançado brasileiro no jogo com o Rio Ave, em Vila do Conde, na última jornada (vitória por 2-0), falando em "injustiça e revolta".

"O Derley não faz nenhuma simulação de grande penalidade, leva uma cotovelada na cara, para não dizer outra coisa, é obrigado a cair. Nós reclamámos, viram isto e, mesmo assim, continuam a manter o cartão amarelo ao Derley. Isto é surreal, uma injustiça e estou revoltado. Basta ver as imagens, num caso em que até era grande penalidade a nosso favor. Fico privado de um jogador que tem sido importantíssimo para nós. Custa a engolir", referiu.

Para Inácio, a prestação do Aves nos jogos fora é merecedora dos maiores elogios, considerando ser a "fortaleza" da equipa e o fator responsável pela recuperação na tabela classificativa, assente num modelo de jogo (3-4-3) que melhor se ajusta às características dos jogadores.

"Quando chego, com vários titulares de saída e sem a entrada dos jogadores que deviam, tive de me adaptar às características de cada jogador para perceber que tipo de modelo ia aplicar para ter sucesso. O 3-4-3 [adotado com sucesso na vitória, por 2-0, em Tondela] permite-me que a defesa não seja tão vulnerável, ter mais presença na área e uma retaguarda mais fortalecida. E uma equipa como a nossa, se marcar um golo primeiro, só perde se formos mesmo burrinhos", concluiu o treinador Augusto Inácio.