O Belenenses SAD foi o clube que mais aproveitou a regra provisória que permitiu a realização de cinco substituições após a retoma da I Liga de futebol, em contraponto com Vitória de Setúbal, que foi o mais ‘conservador’.
Os ‘azuis’ efetuaram um total de 44 substituições, ficando a uma do ‘pleno’ permitido após a alteração dos regulamentos da competição, que foi aprovada pela Liga de clubes em 08 de junho e passou a autorizar a realização de duas substituições suplementares, com o objetivo de salvaguardar a saúde e condição física dos jogadores.
Apesar de o campeonato ter regressado com a realização da 25.ª jornada, após uma interrupção de quase três meses motivada pela pandemia de covid-19, a medida só entrou em vigor na ronda seguinte (26.ª) e o treinador Petit foi o que mais lhe encontrou utilidade.
Nas nove rondas até ao fim da competição, disputada em ritmo de contrarrelógio, o Belenenses SAD só no jogo frente ao Gil Vicente, da 33.ª e penúltima jornada, desaproveitou a possibilidade de esgotar as substituições, efetuando quatro alteração à equipa inicial.
Os setubalenses estão no extremo oposto, com um total de 34 substituições, menos 10 do que o Belenenses e a 11 do limite máximo permitido, e apenas em dois dos nove encontros disputados até ao fim da I Liga esgotaram esse recurso.
O embate da penúltima ronda entre o Setúbal e o Sporting, a segunda equipa com menos substituições (35), foi o que registou menos ‘mexidas’ da equipa inicial desde a retoma da competição, com um total de seis – três para cada lado -, valor que remete para um cenário ‘pré-pandemia’.
Os sadinos foram mesmo a única equipa que ficou abaixo daquele número, frente ao Vitória de Guimarães, num jogo da 29.ª jornada em que teve mais jogadores expulsos (três) do que substituídos (dois).
A 34.ª e última jornada, em que ficaram decididas as lutas pelo pódio, acesso ao último ‘lugar europeu’ e segunda equipa a ser despromovida, foi a que registou menos substituições, com um total de 75, enquanto a mais ‘produtiva’ foi a 28.ª, com 84 alterações e quatro jogos em que os técnicos esgotaram esse recurso.
Dos 81 encontros disputados, em apenas 27 as duas equipas realizaram o novo máximo de alterações permitido, com o campeão FC Porto e o vice-campeão Benfica a situarem-se a meio da tabela no ‘campeonato das cinco substituições’.
O International Board alterou em maio a regra original de tês substituições por jogo, com o objetivo de preservar a saúde dos jogadores, obrigados a disputar um número elevado de partidas num curto espaço de tempo, devido ao calendário apertado para a conclusão de alguns campeonatos que estiveram interrompidos em consequência da pandemia.
O organismo responsável pelas alterações às leis do jogo anunciou já este mês que a regra provisória vai manter-se na época 2020/21, nas competições que terminem até 31 de julho de 2021 e nas provas internacionais previstas para julho e agosto do próximo ano.
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