O Benfica não foi além de um empate na visita ao Vitória de Guimarães (2-2), numa partida em que a bela exibição vitoriana e o estado do relvado foram condicionantes demasiado difíceis de ultrapassar.

Num jogo emocionante, o V.Guimarães começou por marcar primeiro, de penálti. Rafa empatou ainda antes do intervalo, mas os vimaranenses recolocaram-se na frente a meio do segundo tempo. Só que a turma da casa viu-se, depois, reduzida a dez elementos e, em cima do minuto 90, Arthur Cabral, que desta vez não foi titular, empatou em cima do minuto 90.

Assim, os encarnados mantêm-se na frente da classificação, mas em igualdade pontual com o Sporting, que tem menos um jogo.

Anfitriões entram melhor, Benfica equilibra

Roger Schmidt surpreendeu ao não utilizar nenhum ponta de lança de raiz no onze titular, sendo Rafa Silva a ocupar essa posição, mas jogando como falso 9. Esta alteração promoveu a entrada de Bah no onze a subida de Aursnes para o meio-campo, sendo que o treinador alemão também devolveu Morato á ala esquerda, por troca com Álvaro Carreras.

Já Álvaro Pacheco, tirou da equipa João Mendes e Miguel Maga, em relação ao ozne que triunfou contra o Gil Vicente, e escolheu para os seus lugares Bruno Gaspar e Nuno Santos, reforçando o miolo do terreno.

O jogo ainda não tinha começado e já estava bom. As duas equipas uniram-se numa bonita homenagem a Miklos Féher, que faleceu há 20 anos.
Mal o árbitro deu o apito inicial, os vitorianos entraram com tudo e, logo no primeiro minuto, Jota Silva testou a atenção de Trubin com um remate perigoso que o ucraniano defendeu para canto.

A forte chuva que se fez sentir no Estádio D. Afonso Henriques tornava a circulação de bola muito difícil e obrigava os jogadores a optar por um futebol mais direto para chegarem à área adversária.

Esta tendência beneficiava a equipa de Álvaro Pacheco, que estava bastante confortável com este estilo e isso ficou provado pela facilidade de chegar a zonas de perigo. As águias tentavam contrariar, mas a falta de uma referência ofensiva tornava difícil a penetração em zonas mais adiantadas.

Num dos lances mais perigosos do primeiro tempo, Bruno Gaspar lançou-se pela ala direita e fez um cruzamento venenoso para Nuno Santos. O médio rematou rasteiro, mas a bola ficou presa numa poça de água e Trubin agradeceu.

O encontro estava equilibrado e a forma de criar perigo era distinta: o Vitória de Guimarães aproveitava lances rápidos nas costas da defensiva encarnada, enquanto que o Benfica tirava proveito das muitas bolas paradas que conquistou para criar o pânico na área de Charles, embora sem resultados práticos para nenhuma das equipas.

Penálti dá vantagem aos da casa, Rafa responde

Ao minuto 32 surgiu o momento da primeira parte: após uma grande jogada coletiva dos vitorianos, Nuno Santos surgiu dentro da área e fez um potente remate, que valeu a Trubin a defesa da noite. Na sequência do pontapé de canto criado, uma confusão dentro da área Tomás Ribeiro foi derrubado e Luís Godinho apitou para a marca de penálti. Na conversão, Tiago Silva não perdoou e abriu o marcador.

Na reposta ao bom momento da equipa da casa, aos 40 minutos, Di María fez uma trivela açucarada para dentro da área e Rafa só teve de estar no sítio certo para encostar e devolver a igualdade ao marcador. O jogo voltou a ficar equilibrado, embora as águias só tenham acordado depois de sofrer.

Perto do apito para o descanso, Tiago Silva bateu um livre lateral de forma exemplar e a bola encontrou a cabeça de Tomás Ribeiro, mas Trubin estava no sítio certo. Foi a última oportunidade da primeira parte e as equipas foram empatadas para o descanso.

Roger Schmidt sentiu que a equipa precisava de ser reequilibrada e lançou Florentino e Arthur Cabral no arranque do segundo tempo, deixando João Mário e Kokçu no balneário.

Vimaranenses novamente na frente

Logo a abrir, Di María tentou marcar um pontapé de canto olímpico, mas Charles mostrou-se presente e desviou pela linha final. Neste arranque da segunda metade os papéis inverteram-se e foi o Benfica a entrar mais pressionante, com o Vitória a mostrar dificuldades para lidar com a pressão, especialmente pelas condições do campo que ia ficando cada vez mais alagado.

Numa fase mais confusa do jogo, os vitorianos conseguiram criar uma jogada de entendimento pela ala esquerda e Jota encontrou André Silva no coração da área com um belo passe. O avançado mostrou faro de goleador e rematou para o 2-1, aos 61 minutos.

Expulsão e reação do Benfica...a valer apenas o empate

Pouco depois do golo, Borevkovic complicou a vida à equipa ao entrar de maneira agressiva sobre Florentino. Luís Godinho não hesitou e mostrou o cartão vermelho ao defesa central, deixando o conjunto da casa em inferioridade numérica.

Aos 71 minutos os encarnados já estavam por cima na partida e com maios capacidade para criar perigo. Di María cruzou a bola com conta, peso e medida, para o cabeceamento de Rafa, mas a bandeirola do assistente estava levantada. Na sequência, Jota Silva apareceu isolado perto da área, mas Trubin mostrou reflexos e negou o golo ao português.

Naturalmente, em desvantagem e com mais um jogador, as águias assumiram o controlo total do encontro mas, apesar do estado do relvado ter melhorado devido às tréguas da chuva, não conseguiam furar a muralha vitoriana. O Vitória estava compacto no primeiro terço defensivo e os encarnados optaram por inundar a área com cruzamentos, que acabam invariavelmente nas mãos de Charles.

Quando nada o fazia prever, numa das muitas insistências das águias, Di María encontrou Arthur Cabral na área e o brasileiro desferiu um cabeceamento indefensável para fazer o 2-2.

Empolgado pelo golo, o Benfica fez de tudo para chegar à vantagem, mas não teve sucesso e o encontro terminou empatado.

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