O presidente do Sporting reagiu ao castigo de um mês que lhe foi aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) relativo aos incidentes ocorridos no jogo com o Boavista.
Bruno de Carvalho questionou a sanção, porém referiu que não irá recorrer da punição visto faltarem apenas 10 dias para a sua conclusão, e um recurso não teria efeito suspensivo.
Leia a publicação do dirigente leonino feita no Facebook.
"O Conselho de Disciplina da FPF, Secção Profissional, no seguimento do processo "Boavista", condenou-me à pena de suspensão de 30 dias e multa de € 765,00 , mais custas, pela prática da infração de ofensa à honra e reputação do árbitro e violação dos deveres de correção.
Ao invés de considerarem que os dois relatórios eram completamente distintos, de forma vergonhosa e só ao nível da invenção do "dolo sem intenção", para me castigar, consideram ambos os relatórios (do delegado e do árbitro) como verdadeiros e juntaram todas as coisas que foram escritas, interpretando as expressões “cromos”, “gajos”, “palhaços”, “palhaços do c…..” como grosseiras.
Realço que na descrição do delegado, que estava presente no local, o que estava escrito não daria lugar a qualquer castigo. Isto porque existem várias decisões sobre expressões similares que não deram lugar a castigo nenhum.
Na descrição do árbitro, que não estava presente, e que apenas escreveu o que lhe disseram que aconteceu (quem lhe disse foi o 4o árbitro Jorge Ferreira), o descrito do que se teria passado já dentro da zona técnica (relato que não corresponde à verdade), seria de facto muito grave.
O que deveriam ter feito era decidir que um relatório anularia o outro por dizerem coisas distintas, em vez disso juntaram os dois dando ambos como verdadeiros... Mesmo que me revolte e, por vezes me repugne, nada me espanta no futebol!
Como já cumpri 20 dias de suspensão preventiva, faltam cumprir 10 dias, pelo que estarei suspenso nos jogos contra o Moreirense e o Braga.
Um recurso desta hedionda decisão não teria efeito suspensivo por isso nem vale a pena pois cumpriria na mesma o castigo e ainda teria as custas altas do processo de recurso.
Assim relativamente a esta decisão ficará apenas a condenação moral e pública de mais uma decisão que demonstra o estado em que está o futebol português, e a necessidade premente de mudar as pessoas e modernizar o futebol, conferindo-lhe a tão merecida credibilidade que perdeu.
Mantendo a coerência da minha primeira decisão e pela decisão do CD da FPF se basear em factos falsos não voltarei a qualquer estádio em competições nacionais até ao final deste castigo. Que a nossa equipa de futebol dê a resposta merecida a estes "decisores" com duas contundentes vitórias! Não nos conseguirão tirar do rumo traçado!", escreveu.
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