O Centro de Acolhimento Temporário da Santa Casa da Misericórdia de Chaves recebeu hoje a visita do treinador e de alguns jogadores do Desportivo de Chaves que, entre presentes e “um abraço amigo”, quiseram deixar “esperança”.
Pelo sexto ano consecutivo, o clube transmontano visitou o Centro de Acolhimento Temporário (CAT) da Santa Casa da Misericórdia de Chaves com “esperança”, “alegria” e presentes na algibeira.
Vítor Campelos, treinador do Desportivo de Chaves, dirigindo-se aos jovens em situação de acolhimento institucional, quis "partilhar a ideia de família” enraizada no grupo que dirige.
“Quando um está feliz, os outros também vão estar felizes. Queria que vocês também tivessem essa ideia. Devem formar uma família, principalmente nesta altura, respeitando-se uns aos outros, que é isso que nós fazemos enquanto equipa”, frisou.
O treinador aproveitou o mote para lançar um repto aos 13 jovens presentes, convidando-os a assistir a um treino do plantel e, ainda, a “dar uns toques na bola” com os jogadores, palavras que foram “música” para os ouvidos de João Santos, aluno do curso profissional de desporto.
“Desde pequenino que estou habituado a ir ao estádio e já fui apanha-bolas. É especial ter aqui os jogadores, sobretudo pelo gesto. Para mim, o mais importante foi o gesto solidário, a humildade e a presença”, reiterou o jovem de 18 anos.
O colega Luís Correia que, sempre que possível, marca presença nos jogos do clube da I Liga portuguesa de futebol, partilha da mesma opinião e revelou à Lusa que a visita foi uma “boa surpresa”.
“Não estava a contar vê-los aqui. Foi especial, um gesto bonito, sem dúvida, e também gostei das prendas”, frisou.
Para Leandro Gonçalves, há 12 anos a viver no CAT, a visita natalícia do Desportivo de Chaves é já uma tradição que gosta de ver cumprida.
“Há seis anos que nos fazem esta visita e é bom ver que continuam a importar-se com estas instituições. Ao falarem de família, mexe um bocadinho com a nossa cabeça, mas o gesto deles torna o nosso Natal um bocadinho melhor”, vincou o jovem.
Distante da sua família por questões profissionais, o guarda-redes brasileiro Paulo Vítor enalteceu a importância de “ajudar” e “acolher” os jovens nesta quadra.
“O lugar do ser humano estar feliz é próximo da família, em harmonia. Eu sei que o é viver longe da minha, mas viemos passar o nosso lema do grupo, a vontade de ensinar que, em família, toda a gente se dá bem. O importante é saber acolher, dar carinho, dar amor”, afirmou.
Por tudo isto, Marco Terrão, da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, mostrou-se “agradecido pelo apoio incondicional” do clube, em especial pela “palavra de alento” deixada aos jovens.
“É muito importante para eles sentirem que fazem parte da sociedade e que esta está aberta a recebê-los. Esta época é mesmo isto, é partilha, solidariedade entre as pessoas. Trouxeram-nos um voto de esperança”, concluiu o responsável.
Comentários