O FC Porto foi ao Estádio da Luz vencer o Benfica por 2-1, num jogo em que se viu, cedo, em desvantagem no marcador, e relançou assim a discussão do título, reduzindo para sete os pontos de desvantagem para o Benfica, a sete jornadas do fim da I Liga 2022/23.

A precisarem imperativamente de um triunfo para poder continuar a sonhar com o bicampeonato, os dragões viram o Benfica marcar logo aos dez minutos, num golo a meias de Gonçalo Ramos com Diogo Costa, mas reagiram bem, foram crescendo no jogo, empataram em cima do intervalo por Uribe, passaram para a frente no arranque do segundo tempo com um golo de Taremi e resistiram, depois, à pressão do adversário até ao fim para somarem um precioso triunfo.

FC Porto entra melhor, Benfica marca

Se no Benfica não foram muitas as novidades no onze inicial, apenas com Florentino (poupado na jornada anterior por se encontrar em risco de exclusão) a voltar à titularidade, no FC Porto foram mais as mudanças. Diogo Costa e Pepe, recuperados de lesão, voltaram à titularidade, Wendell e Manafá foram aposta para as laterais e, na frente, Taremi como único ponta de lança, apoiado por Pepê e Galeno.

As novidades pareceram surtir efeito e os dragões, para quem a vitória era um imperativo, entraram melhor, com Taremi a cabecear à figura de Vlachodimos nos instantes iniciais e, depois, a surgir com perigo já dentro da grande área encarnada, vendo-se desarmado por um corte fantástico do jovem António Silva.

Só que quem marcou foi o Benfica, na primeira vez que chegou à grande área contrária. Arrancada de Bah pela direita, grande cruzamento do dinamarquês e cabeçada fulgurante de Gonçalo Ramos. A bola bateu com estrondo na barra, mas ressaltou nas costas de Diogo Costa e entrou para o fundo das redes. Estava feito o 1-0, para alegria dos adeptos da casa.

Empate e final de primeira parte de loucos

Depois do golo FC Porto procurou tomar conta das operações, mas o encontro seguiu dividido, sem que nenhuma das equipas conseguisse criar real perigo para as balizas contrárias até perto do intervalo.

Pelo meio, Roger Schmidt viu-se forçado a mexer na equipa devido a uma lesão de Bah, substituído por Gilberto, até que, nos minutos finais do primeiro tempo, o jogo animou, com o FC Porto a crescer, a chegar ao empate e a chegar mesmo - ainda que por breves instantes - a festejar a cambalhota no marcador.

Aos 41 minutos Manafá atirou para dentro da baliza do Benfica, mas a partida já estava parada, por falta de Mehdi Taremi sobre Vlachodimos. Mas em cima do minuto 45 os azuis e brancos marcaram mesmo. Excelente jogada coletiva, com Pepê a amortecer na perfeição com o peito um cruzamento de Manafá, para um remate de Matheus Uribe que, vindo de trás, atirou para o fundo da baliza encarnada.

O Benfica estava, por esta altura, adormecido e acusou o golo. O FC Porto aproveitou, pressionou e voltou a colocar a bola no fundo das redes. Galeno, com um excelente remate, bateu Odysseas e silenciou a Luz, mas apenas por breves instantes. É que o lance foi invalidado por ordem do VAR: o brasileiro estava adiantado 6 centímetros.

Cambalhota no marcador surge mesmo a abrir a segunda parte

A reviravolta no marcador não surgiu a fechar a primeira parte, mas viria a acontecer a abrir a segunda. O FC Porto voltou a entrar melhor, o Benfica até parecia ter conseguido sacudir essa pressão inicial do adversário mas, ao minuto 54, Galeno ganhou de cabeça na frente, a bola sobrou para Taremi e este rematou à entrada da grande área, rasteiro e colocado, para o 2-1.

Os dois treinadores mexeram então na equipa. Sérgio Conceição colocou João Mário no lugar de Manafá e Eustaquio  no lugar de Grujic, enquanto Roger Schmidt, a perder, arriscou e trocou Florentino por David Neres.

O Benfica balanceou-se para a frente em busca do empate, mas mostrava precipitação no ataque e, atrás, deixava espaços para o contra-ataque portista. Num desses contra-ataques, Taremi isolou-se pela esquerda e, com dois colegas em boa posição para encostarem para o fundo das redes, falhou no último passe.

Dragão resiste até ao fim

Os minutos finais foram de quase total domínio do Benfica na posse de bola, mas sem que Diogo Costa sofresse grandes sobressaltos na baliza azul e branca.

Roger Schmidt ainda lançou o croata Musa, num tudo por tudo pelo empate, mas com Pepe a liderar em grande a defesa dos dragões, o FC Porto conseguiu suster todas as investidas do adversário e segurar os três pontos.

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