O avançado maliano Moussa Marega começou a temporada como um dos ‘patinhos feios’ do plantel do FC Porto, mas termina um dos maiores destaques do título de campeão português de futebol, conquistado hoje.
Contratado ao Marítimo a meio da temporada 2015/16, Marega não se conseguiu impor nos ‘dragões’ e, após um golo em 13 jogos na segunda metade da temporada, foi emprestado ao Vitória de Guimarães, onde faz um excelente arranque de 2016/17, com 10 golos até ao final de outubro, acabando depois por quebrar.
Com a chegada de Sérgio Conceição, o maliano é chamado de volta ao Dragão, mas falhou o estágio, começando a trabalhar mais tarde do que o resto do plantel, o que deixava em risco a sua permanência na equipa.
Contudo, Marega tem um impacto quase imediato e bisa logo na primeira jornada frente ao Estoril Praia (4-0), naqueles que foram os primeiros dois dos 21 golos que marcou no campeonato.
A sua explosividade ajudou, e muito, à forma de jogar de Sérgio Conceição, dando-lhe possibilidade de manter o maliano no ‘onze’ em vários esquemas táticos, tanto como segundo avançado, como extremo.
Até pode ser coincidência, mas a verdade é que as três derrotas internas do FC Porto esta temporada – duas na I Liga e uma na Taça de Portugal – aconteceram sem Marega em campo, com o maliano a regressar à competição, após lesão, no encontro em que os ‘dragões’ regressaram definitivamente à liderança, frente ao Benfica (vitória por 1-0 na Luz).
Marega acaba por ser o exemplo máximo da política de transferências dos ‘dragões’ esta temporada, com o aproveitamento de vários jogadores que estavam emprestados e que acabaram por se revelar decisivos.
Além do maliano, também o camaronês Vincent Aboubakar, o lateral Ricardo Pereira ou o médio Sérgio Conceição foram resgatados e acabaram por ter papel preponderante na caminhada dos ‘azuis e brancos’ para o título.
Se Marega acaba por ser a figura maior da época dos ‘dragões’, muitos outros jogadores se mostraram fundamentais, com o lateral Alex Telles, até mais pela sua capacidade ofensiva, a revelar-se também fundamental.
Até se lesionar, Danilo foi o pêndulo do meio-campo portista, abrindo, com a sua lesão, as portas ao mexicano Herrera, para se assumir como um verdadeiro capitão no meio campo.
Depois de ter sido criticado por um erro no clássico com o Benfica, que afastou os ‘dragões’ do título da época passada, o médio mexicano foi este ano decisivo, pelas suas exibições muito mais seguras do que em anos anteriores, mas também pelo golo que marcou na Luz e que abriu as portas do campeonato.
Mesmo que, por vezes, abuse no individualismo, o argelino Yacine Brahimi, o mais tecnicista dos ‘azuis e brancos’, foi muitas vezes importante no desbloquear de encontros mais fechados.
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