A noite fria na Invicta contrastou com um dérbi quentinho entre Boavista e FC Porto, que não foram além de um empate (1-1), resultado que deixa os dragões a cinco pontos da liderança do campeonato e em risco de queda do pódio. Toni Martínez adiantou, aos 23 minutos, o conjunto azul e branco, que só tinha perdido pontos fora na Luz e em Alvalade, e aos 28' Bruno Lourenço beneficiou de um buraco na defesa contrária para restabelecer a igualdade no marcador.

Os comandados de Sérgio Conceição ficam agora a cinco pontos do Sporting, que goleou em casa o Estoril, a um do Benfica, de visita no sábado a Arouca, e só com mais três do que o SC Braga, que será terceiro se vencer o dérbi minhoto.

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Sem Taremi, Sérgio Conceição apostou numa dupla Toni Martinez/Evanilson para o ataque portista, com Pepe de regresso e Grujic a render o castigado Alan Varela. No Boavista, destaque para a titularidade de Vincent Sasso, que não jogava desde outubro devido a lesão.

Um dérbi da Invicta é sempre promissor, mas a verdade é que o jogo arrancou algo frouxo – o estado do relvado também não ajudou. Só aos 16 minutos o FC Porto deixou o primeiro aviso, num cabeceamento de Toni Martínez à figura de João Gonçalves, após canto batido por André Franco.

Pouco depois, um livre batido de forma longa deixou Bruno Lourenço na cara de Diogo Costa, mas Wendell foi mais expedito e afastou o perigo.

O FC Porto acusou o susto e rapidamente chegou à vantagem. Aos 23’ Eustáquio isolou Pepê, que cruzou para o calcanhar de Evanilson; ainda houve um corte de um adversário em cima da linha, mas Toni Martínez marcou na recarga.

Respirou de alívio o FC Porto? Nem por isso. Apenas cinco minutos depois, o Boavista chegou ao empate: livre de Tiago Morais à entrada da área e Bruno Lourenço apareceu completamente solto a cabecear para o fundo da baliza (28’).

O jogo estava agora bastante intenso e, até ao intervalo, ainda deu para o Boavista ameaçar o segundo por Bozenik, primeiro num cabeceamento ao lado da baliza e, depois, num remate de longe a testar a atenção de Diogo Costa.

A incerteza do resultado possibilitou um segundo tempo mais vivo, com oportunidades para ambos os lados. Aos 53' Sebastián Pérez, servido por Bozenik, atirou ao lado; depois foi João Mário a driblar um adversário e, já dentro da área axadrezada, a rematar por cima. Aos 72' Nico González, acabado de entrar, tirou a tinta ao poste.

O FC Porto pressionava em busca do golo, o Boavista foi resistindo e já perto dos 90 instalou-se a confusão após uma falta sofrida por Pepê, com Camará a ver o cartão vermelho. Nos últimos instantes, Namaso fez a bola rasar o ferro, após uma asneira de Pedro Malheiro, mas a vantagem numérica de nada serviu aos azuis e brancos.