FC Porto e Sporting defrontam-se sexta-feira para a 21.ª jornada da I Liga de futebol, com o terceiro classificado, na estreia caseira do treinador argentino Martín Anselmi, focado em diluir uma desvantagem de oito pontos para o líder.

Onze dias depois da sua apresentação como sucessor de Vítor Bruno, o ex-técnico dos mexicanos do Cruz Azul terá o primeiro contacto com o Estádio do Dragão, onde os dois rivais se defrontam pela quarta ocasião em 2024/25, com uma vitória ‘azul e branca’ na Supertaça Cândido de Oliveira (4-3, após prolongamento), e duas dos campeões para a quarta jornada do campeonato (2-0) e as meias-finais da Taça da Liga (1-0), em Leiria.

Melhor ataque e defesa da I Liga, com 56 golos marcados e 15 sofridos, o Sporting lidera com 50 pontos, contra 44 do Benfica, segundo classificado e anfitrião do Moreirense no sábado, enquanto o FC Porto é terceiro com 42, dois sobre o Sporting de Braga, quarto.

Os ‘dragões’ têm o pior registo pontual desde 2013/14 e despediram Vítor Bruno a seguir à segunda sequência de três derrotas nas diversas competições esta temporada, tendo entregado o comando interino ao diretor da formação do clube, José Tavares, que não impediu o primeiro ciclo de quatro desaires em seis décadas e o quinto jogo sem vencer.

O regresso às vitórias aconteceria aquando da estreia de Anselmi na visita ao campeão israelita Maccabi Telavive (1-0), da oitava e última ronda da fase de liga da Liga Europa, e qualificou o FC Porto para o play-off de acesso aos ‘oitavos’ da competição.

A equipa estruturou-se taticamente em ‘3-4-3’, em detrimento do ‘4-2-3-1’ utilizado pelos antecessores do argentino, mas voltou a ceder na segunda-feira, ao empatar com o Rio Ave em Vila do Conde (2-2), após recuperar de desvantagens, no encerramento da 20.ª jornada da I Liga, na qual já não estava quatro encontros sem ganhar desde 2000/01.

Privado de Otávio Ataíde, suspenso, e Martim Fernandes, Iván Marcano e Marko Grujić, todos por lesão, o FC Porto testa a sua invencibilidade caseira para o campeonato - nove triunfos e um empate - frente ao Sporting, que não conta há meses com Pedro Gonçalves e Nuno Santos e viu Geny Catamo sair lesionado na receção vitoriosa ao Farense (3-1).

Nesse encontro também não estiveram Hidemasa Morita, que se ressentiu de problemas físicos anteriores, e Viktor Gyökeres, autor de 34 tentos em 33 jogos esta época e melhor marcador da I Liga, com 22 golos, cuja disponibilidade tem sido gerida pelo treinador Rui Borges.

O expectável regresso à competição do médio japonês e do avançado sueco aumenta a confiança dos ‘leões’, recém-apurados para o play-off da Liga dos Campeões e invictos a nível interno dentro do tempo regulamentar com o ex-treinador do Vitória de Guimarães.

Sucessor de João Pereira desde 26 de dezembro de 2024, Rui Borges intercalou quatro êxitos na I Liga - na qual o Sporting não vencia três jogos seguidos há praticamente três meses - com um empate fora perante os minhotos (4-4), mas falhou a conquista da Taça da Liga no desempate por penáltis com o Benfica (6-7, após empate 1-1 nos 90 minutos).

Os ‘encarnados’ já tinham apadrinhado a estreia de Rui Borges no dérbi da 16.ª jornada (1-0), em Alvalade, que permitiu aos ‘leões’ resgatarem a liderança isolada perdida uma semana antes para o rival lisboeta, após já terem igualado o melhor início da sua história, fruto de um pleno de vitórias nas primeiras 11 jornadas, tal como aconteceu em 1990/91.

A possibilidade de um novo recorde ‘caiu’ precisamente na transição de Ruben Amorim para João Pereira, que, com quatro derrotas consecutivas em todas as provas e apenas quatro pontos em 12 possíveis para o campeonato, seria demitido ao fim de nove jogos e deu lugar a Rui Borges, cuja aposta no ‘4-4-2’ desfez o ‘3-4-3’ instituído em Alvalade pelo agora treinador dos ingleses do Manchester United e partilhado por Anselmi no FC Porto.