Alguns jogos do que resta jogar da Primeira Liga podem ser transmitidos em sinal aberto. O Governo está a estudar todas as possessibilidades, embora o tema das transmissões ainda não tenha sido discutido com as operadoras.

"Temos pensado nisso [transmissão dos jogos em sinal aberto], mas é um tema que ainda não foi discutido com os operadores, FPF ou Liga. Sabemos perfeitamente que os cafés, associações e outros locais públicos são também locais de romaria, para lá dos estádios, onde vão aos milhares, com grupos de dezenas de pessoas a concentrar-se, o que hoje não é desejável", disse João Paulo Rebelo, Secretário de Estado do Desporto, à rádio Antena no dia 05 de março. Essa mesma ideia foi reforçada pelo mesmo esta terça-feira, ao 'Jornal Económico', onde o governante admitiu "soluções criativas, lembrando, no entanto, que as operadoras mantêm todos os seus direitos.

O Secretário de Estado do Desporto sublinhou ainda que o Governo está a trabalhar com alguns parceiros para a centralização dos direitos das transmissões televisivas no futebol depois de 2027.

Na mesma entrevista à Antena 1, o Secretário de Estado do Desporto, garantiu que "os especialistas de saúde da Federação Portuguesa de Futebol e da Direção Geral da Saúde" vão tentar encontrar "as melhores formas para a redução ao máximo do risco" de contágio, pelo que jogar os 91 jogos que faltam para terminar a época (I Liga e final da Taça de Portugal) em menos estádios é uma possibilidade.

"Se passa por menos estádios, mais concentração numa região ou outra, isso é matéria que a FPF, a Liga e a DGS estão a trabalhar", disse João Paulo Rebelo.

Um dos temas abordados na entrevista à Antena no passado dia 05 de maio 1 foi o fim precoce da Segunda Liga. Uma decisão que não teve 'dedo' do Governo, garante João Paulo Rebelo, explicando que a decisão foi da Liga, FPF e DGS.

"Resulta mais uma vez consensualmente da reflexão feita por essas entidades que concluíram que tais condições técnicas, organizativas, de saúde, despistagem, proteção e isolamento dos próprios jogadores seria muito difícil para os clubes da II Liga pudessem acompanhar em termos de investimento necessário a fazer", terminou.