Não há memória de uma dupla de atacantes tão eficaz no futebol português. Jonas e Mitroglou formaram um dos mais mortíferos duos de avançados do futebol europeu esta temporada, sendo eles os principais marcadores de golos do Benfica. Só o atacante brasileiro teve participação em 44 dos 88 golos do Benfica na Liga, ou seja, 50 por cento dos golos do Benfica teve participação direta de Jonas. De referir ainda que em Ligas com 34 jornadas, nunca uma equipa tinha marcado tantos golos como o Benfica.
A saída de Lima no início da época não augurava nada de bom na frente de ataque do Benfica. O atacante ex-Braga tinha marcado 30, 21 e 19 golos respetivamente em três épocas de águia ao peito, pelo que a sua saída deixava um certo vazio. Certo é que havia Jonas mas era preciso encontrar o jogador ideal para atuar ao lado do brasileiro. Se na época de estreia na Luz, Jonas tinha apontado 31 golos em 35 jogos, os benfiquistas esperavam que o brasileiro de 32 anos pudesse estender essa cifra e comandar o ataque dos "encarnados" rumo ao tão desejado tricampeonato.
Jonas ´Pistolas`, como Ronaldo, Higuaín, Suárez e Lewandowski
De Jonas, já se esperava golos. Muitos golos. No ano de estreia na Luz, o avançado foi crucial para o bicampeonato. Os benfiquistas apenas lamentam que o brasileiro não tenha chegado mais credo, a tempo de ser inscrito na Champions onde a falta dos seus golos foi muito sentida. Os 31 golos em 31 jogos, (20 golos em 27 jogos na liga) foram o ´cartão de visita` deste brasileiro que faz da eficácia a sua grande arma.
Titular em 33 dos 34 jogos do Benfica, Jonas participou em todos os jogos da equipa na Liga. Fez um hat-trick e bisou em 11 jogos, tendo marcado 31 golos na Liga. Só FC Porto, Sporting e Vitória de Guimarães não sofreram golos do brasileiro.
Sempre que o Benfica perdeu (quatro jogos) ou empatou (um jogo), Jonas não marcou. Dos 34 jogos disputados na Liga, Jonas não fez golos em 14 deles. Ou seja, os 31 golos foram marcados em 20 jogos, o que mostra a veia goleadora deste atacante.
A importância de Jonas vai para lá do balançar das redes. O avançado de 32 anos teve participação direta em 44 dos 88 golos do Benfica na Liga. Aos 32 que marcou o atacante juntou ainda 12 assistências. Só Gaitán fez mais passes para golo (15). Essa capacidade de criação de oportunidades justifica-se pelo facto de jogar sempre nas costas de Mitroglou, ele que sai muitas vezes da área para vir atrás buscar jogo e organizar o ataque.
Durante várias jornadas esteve na luta pela Bota de Ouro, galardão que premeia o melhor marcador dos principais campeonatos europeus. Ao ficar em branco nos últimos três jogos do Benfica, Jonas permitiu que Suárez e Ronaldo distanciassem na luta, com o uruguaio a levar vantagem sobre o português que ainda foi ultrapassado por Higuain no último jogo.
Mitroglou na melhor época de sempre
Kostas Mitroglou chegou à Luz com o pesado fardo de substituir Lima. Os primeiros dias do atacante grego no Benfica não foram fáceis, mas depois de janeiro de 2016 o atacante de 28 anos partiu para uma segunda metade de época fantástica. Até janeiro de 2016, Mitroglou só tinha marcado cinco golos na Liga: um na estreia ao Estoril, dois ao Belenenses na 4ª ronda e outros dois ao Vitória de Setúbal na 13ª jornada.
De 10 de janeiro até a última jornada, Mitroglou só não marcou ao União da Madeira, Vitória de Setúbal, Rio Ave, V. Guimarães e Nacional. Jogos onde apareceu Raul Jiménez a salvar as "águias". Foram 15 golos em 16 jogos deste grego que sempre mostrou ter faro para o golo. Foi dele o tento decisivo que ajudou o Benfica a vencer o Sporting em Alvalade tomar de assalto à liderança da Liga. Bisou em três ocasiões e ainda conta com um hat-trick. Em 16 jogos não conseguiu marcar na I Liga.
Esta é a melhor época do avançado grego que, até agora, tinha marcado 19 golos como máximo pessoal numa época, todos ao serviço do Olympiakos (duas ocasiões). Se tivermos em atenção todos os jogos oficiais, o número de golos de Mitroglou sobe para 23 em 43 jogos (tem ainda dois na Champions e um na Taça de Portugal).
Com Jonas formou uma dupla temível, com os dois a marcarem 52 dos 88 golos do Benfica na I Liga. É obra.
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