O julgamento do segundo processo contra o criador do Football Leaks, Rui Pinto, arranca no próximo dia 13 de janeiro, no qual responde por 242 crimes relacionados com o acesso a emails do Benfica e de outras entidades.
Segundo o despacho da semana passada do Juízo Central Criminal de Lisboa, a que a Lusa teve hoje acesso, a primeira sessão do julgamento começa pelas 14:00. A juíza Tânia Loureiro Gomes marcou mais 16 sessões até início de maio e reservou todas as “segundas-feiras (somente no período da tarde) e quartas-feiras (no período da manhã e no da tarde), de duas em duas semanas, até à conclusão da audiência de julgamento”.
Para as sessões de 13 e 15 de janeiro estão previstas eventuais exposições introdutórias e tomada de declarações de Rui Pinto.
O criador do Football Leaks foi pronunciado para julgamento no passado dia 04 de março, com o Tribunal Central de Instrução Criminal a amnistiar o arguido em 134 crimes de violação de correspondência, com base na aplicação da lei da amnistia aprovada em 2023, durante as Jornadas Mundiais da Juventude, uma vez que os crimes que são imputados foram alegadamente praticados antes de ter completado 30 anos.
Rui Pinto vai responder em julgamento por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático.
Além do Benfica, entre as figuras e instituições visadas encontram-se também outros clubes, Liga, empresas, sociedades de advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.
No despacho de pronúncia, a juíza do processo também comunicou a remoção de um dos crimes de acesso ilegítimo qualificado pelo qual o arguido estava a ser acusado, o que fez passar o total de crimes deste tipo de 202 para 201, pelos quais é pronunciado.
Rui Pinto foi condenado no caso ‘Football Leaks’, em setembro de 2023, pelo Juízo Central Criminal de Lisboa, a quatro anos de prisão com pena suspensa, por crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência agravado e acesso ilegítimo.
Em novembro de 2023, foi também condenado a seis meses de prisão em França, com pena suspensa, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.
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