A leitura da sentença dos dois adeptos do Sporting acusados do crime de dano qualificado no âmbito de espetáculo desportivo, na sequência dos incidentes ocorridos depois do jogo de futebol Benfica-Sporting, foi esta quarta-feira agendada para segunda-feira, às 10h30.

Bruno Mouta e Gonçalo Fernandes compareceram à segunda sessão do julgamento no Juízo de Pequena Instância Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, durante a qual a acusação pediu a condenação pela remoção de corrimões e cadeiras do Estádio da Luz e o seu arremesso contra o vidro da caixa de segurança instalada para os adeptos do Sporting.

O Ministério Público deixou cair a acusação de quebra do vidro da caixa de segurança, pela qual eram também arguidos, mas a defesa dos dois adeptos pediu a absolvição total, por considerar que nenhum dos crimes ficou demonstrado de forma inequívoca durante o julgamento.

Na primeira sessão, realizada na quarta-feira passada, os arguidos, que respondem cada um por um crime de dano qualificado no âmbito de espetáculo desportivo, atribuíram as acusações a erro na identificação dos verdadeiros autores, que provocaram estragos avaliados pelo Benfica em 3.890 euros.

As declarações de Bruno Mouta e Gonçalo Fernandes, que na altura afirmaram serem adeptos do Sporting, mas não sócios, contrariam o depoimento efetuado hoje pelo segundo agente da PSP que efetuou as detenções, que, genericamente, corroborou a versão do colega que testemunhou na quarta-feira.

Este processo surge depois dos incidentes registados no Estádio da Luz, em Lisboa, após o jogo entre Benfica e Sporting, da 11.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, realizado a 26 de novembro, que terminou com a vitória dos “encarnados” por 1-0, com um golo do médio espanhol Javi Garcia, aos 42 minutos.