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A vitória do Nacional baralhou luta pela Europa.
O Nacional alcançou hoje o Marítimo na luta pelos lugares europeus, ao vencer na Choupana o rival por 2-1, num jogo da 26.ª jornada da Liga de futebol em que os anfitriões viraram o marcador.
Primeiro Suk marcou para o Marítimo (50 minutos, mas Claudemir, na conversão de uma grande penalidade (61), e Candeias (69) consumaram a reviravolta.
As equipas apresentaram-se em campo com esquemas tácticos muito semelhantes. Face à ausência, por castigo, de Miguel Rodrigues, Manuel Machado fez recuar Moreno para o eixo da defesa, lançando no "onze" o jovem madeirense Jota. Por outro lado, Pedro Martins, não podendo utilizar David Simão, também por razões disciplinares, fez entrar Semedo, adiantando no terreno Rafael Miranda.
Assim, apresentando um quarteto defensivo clássico e colocando dois homens à frente da defesa, o egípcio Ali Ghazal e Claudemir pelo Nacional e Semedo e Rafael Miranda pelo Marítimo, ambos os técnicos apostavam na coesão defensiva como base para o desenvolvimento do seu jogo.
Artur pelos "verde rubros" e Jota pelos "alvinegros" efetuavam a ligação com os seus colegas mais adiantados, enquanto que Mateus e Mário Rondon pelo Nacional e Heldon e Sami pelo Marítimo, prestavam um apoio mais direto a Keita e Suk, respectivamente.
Ambos os conjuntos mostraram-se muito concentrados e empenhados, oferecendo ao muito público presente, um espetáculo bem disputado, emotivo e vibrante.
A primeira parte foi mais táctica e cerebral, escasseando as ocasiões para golo. Apenas em remates de longe, como os protagonizados por Artur à passagem dos 29 minutos, e por Ali Ghazal aos 41, o perigo rondou de forma efectiva as balizas. A excepção, teve lugar aos 42 minutos, quando Mateus surgiu à entrada da pequena área, após um centro de Marçal a desviar, com a bola a sair junto à barra.
A segunda metade foi muito diferente, ganhando grande intensidade e emotividade.
Procurando oferecer mais velocidade no último terço do terreno, Manuel Machado retirou ao intervalo Keita e colocou em campo Diego Barcellos.
O futebol dos "alvinegros" pareceu ganhar outra dimensão e, aos 48 minutos, Mateus lançou um alerta, testando a atenção de Salin. Foi, contudo, o Marítimo a adiantar-se no marcador, estavam decorridos 50 minutos de jogo, quando, após um centro de Briguel, que sofreu um ligeiro desvio num defensor "alvinegro", o sul-coreano Suk subiu mais alto e inaugurou o marcador.
O Nacional procurou rapidamente reagir e Claudemir por duas vezes, num remate cruzado que Salin desviou e num livre que saiu junto ao poste, esteve perto de materializar essa mesma reacção e chegou à igualdade na conversão de uma grande penalidade, por Claudemir, aos 61 minutos, punindo uma falta cometida por Rúben Ferreira.
Num momento de sorte de Manuel Machado, e quando o público questionava a saída de Mateus e a entrada de Candeias, o avançado luso, na primeira vez que tocou na bola, colocou os nacionalistas na frente do marcador.
O Marítimo reagiu e tudo fez para tentar chegar pelo menos ao empate, enquanto o Nacional, aproveitando os espaços concedidos, criou diversas oportunidades para poder dilatar o marcador.
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