A Polícia Judiciária está atenta ao papel que o presidente do Sporting, Godinho Lopes, poderá ter tido no caso da alegada "armadilha" de Paulo Pereira Cristóvão ao árbitro auxiliar José Cardinal.
De acordo com a edição de hoje do DN, a documentação ontem apreendida nas buscas efetuadas em Alvalade e nas casas e empresas do vice-presidente do Sporting e do seu funcionário Rui Martins podem ajudar a esclarecer se o presidente dos leões foi um interveniente ativo, espectador passivo ou um "desconhecido" para esta operação.
Depois de constituir Paulo Pereira Cristóvão como arguido por denúncia caluniosa qualificada e simulação de crime, a PJ terá alegadamente encontrado sinais que apontam para uma ligação do líder do clube a todo este caso.
Com efeito, a Judiciária apurou que Rui Martins - ex-líder de uma das claques leoninas e colaborador na empresa Primuslex, que pertence a Cristóvão - terá feito chamadas do seu telemóvel na zona onde vive o presidente do Sporting. Paralelamente, o 'timing' da denúncia do clube a Fernando Gomes, líder da Federação Portuguesa de Futebol, também gerou suspeitas.
Segundo o jornal, o telefonema de Godinho para Gomes deu-se um dia depois de Rui Martins ter chegado à Madeira, onde fez o depósito em numerário de dois mil euros na conta bancária de José Cardinal.
Recorde-se que Paulo Pereira Cristóvão suspendeu ontem o seu mandato de vice-presidente, numa decisão aceite pela direção de Alvalade e que entrou em vigor com "efeitos imediatos".
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