O jornal Correio da Manhã revela na sua edição de sexta-feira que a Polícia Judiciária já tem o computador que foi a porta de saída dos segredos da Liga de Clubes e que o aparelho informático pertencia efetivamente a Andreia Couto, ex-diretora executiva da Liga despedida no início do mês.
De acordo com a informação veiculada pelo referido diário, a descoberta das autoridades surgiu na sequência de uma auditoria externa pedida pela Liga de Clubes em que ficou provado que a documentação confidencial do organismo foi passada para dispositivos externos a partir do computador de Andreia Couto.
As autoridades estão também a investigar a forma como os documentos confidenciais da Liga de Clubes foram parar a blogues afetos do F.C. Porto. Recorde-se que em julho deste ano, o blogue 'Mercado de Benfica' divulgou os contratos confidenciais de Facundo Ferreyra e de Castillo, jogadores do Benfica, o que criou alguma polémica.
Na altura, o Benfica apontou de imediato a culpa pela fuga de informação à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga de Clubes, uma vez que os contratos dos jogadores foram enviados para os respectivos organismos do futebol português.
Perante a polémica, a Polícia Judiciária foi chamada para investigar a origem da fuga de informação e rapidamente percebeu que não houve qualquer intervenção de um 'hacker', mas sim de uma 'toupeira' que tinha acesso aos referidos contratos.
O Correio da Manhã acrescenta ainda que todos os computadores da Liga de Clubes, desde o do presidente até os dos funcionários administrativos foram analisados. O referido diário escreve também que a Liga apresentou queixa contra Andreia Couto e que a Polícia Judiciária foi chamada à sede do organismo para apreender o computador e o telemóvel da ex-diretora executiva da Liga.
Recorde-se que Andreia Couto foi despedida pela Liga de Clubes por justa causa no início do mês de outubro alegando haver provas de que a ex-diretora executiva da Liga tinha retirado documentos para discos externos.
Um dos pormenores divulgados pelo referido jornal vai para o facto de Andreia Couto ter gravado os documentos retirados dos arquivos digitais com outros nomes, e que foram esses mesmos nomes que surgiram depois nos documentos divulgados pelo blogue 'Mercado de Benfica'.
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