João Paulo Rebelo, Secretário de Estado do Desporto, considerou esta quinta-feira o castigo ao jogador Marco Gonçalves como exemplar. Recorde-se que o jogador do Canelas foi suspenso por quatro anos e dois meses depois de ter agredido o árbitro José Rodrigues.
O governante congratulou-se com a decisão e com o facto de se ter convergido os mais importantes intervenientes do futebol nacional, com o objetivo de erradicar com a violência no desporto.
"Castigo a jogador do Canelas foi exemplar? Não posso dizer que não. Foi mesmo exemplar. Tive a oportunidade de dizer que estou satisfeito porque nos últimos dias estamos a alinhar um conjunto de ideias de um plano que o governo traçou desde que se sentou à mesa os clubes, a federação portuguesa de futebol, os árbitros e o sindicato de jogadores. O meu objetivo era ter os mais importantes intervenientes do futebol sentados a uma mesa, mas com o propósito de erradicar a violência no desporto e no futebol em particular", sublinhou João Paulo Ribeiro, à saída do Estoril Open onde assistiu à partida do português Pedro Sousa.
João Paulo Rebelo mostrou-se ainda satisfeito depois da Federação Portuguesa de Futebol ter anunciado que o video-árbitro entra em vigor já na próxima temporada. O membro do governo relembrou que ninguém está isento da responsabilidade de promover um clima de pacificação no futebol.
"O estado tem que promover a atividade física, é essa a obrigação do estado. Entregando-lhes a tulela e a regulação do futebol. Tenho que cumprimentar a FPF por esta medida e não só. Estão a alinhar-se um conjunto de medidas que virão dar uma resposta cabal à violência no desporto. (...) os próprios comentadores têm uma responsabilidade e todos os intervenientes têm responsabilidade".
João Paulo Rebelo fez ainda um apelo ao 'fair-play' para as restantes três jornadas que faltam jogar no campeonato e sublinhou que os casos de violência no desporto são isolados.
"Apelo ao fair-play e à serenidade. O verdadeiro adepto não é adepto da violência. Os valores do desporto não têm a ver com a violência. O desporto tem casos, mas não podemos dizer que há uma generalização de violência do desporto. Todos os fins-de-semana, mesmo no futebol celebram-se os valores do desporto e não há violência a registar. Há casos esses devem ser combatidos".
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