O Sporting esteve muito ativo no mercado de transferências este verão. Os "leões" venderam Slimani, João Mário e Naldo, viram partir Barcos e Téo Gutiérrez mas contrataram muitos jogadores, entre os quais Douglas, Markovic, Campbell, André, Elias e Meli. Todos os reforços custaram 25,8 milhões de euros. Em entrevista ao jornal Record, Jesus diz que o mérito é dele, que escolheu os jogadores. E deu o exemplo do Benfica que só num jogador [Raul Jiménez] gastou 22 milhões de euros.
"Vocês olham para uma equipa como se fossem onze jogadores e não são. São os 25 mais três guarda-redes. Se hoje toda a gente diz que o plantel do Sporting foi bem escolhido, que tem grande qualidade, isso deve-se a quê? À qualidade de quem sabe escolher. Os presidentes têm bons treinadores se os souberem escolher bem. Com os treinadores é o mesmo: tens bons jogadores? Tens, porque os sabes escolher. Há outros que também escolhem...", apontou Jesus, em entrevista à edição deste domingo do Record.
Ainda no que toca a contratações, o técnico comparou os gastos do Sporting e do Benfica para falar em qualidade de escolha.
"Os orçamentos de Benfica e FC Porto são muito mais altos do que o nosso. Gastaram muito mais dinheiro no mercado do que o Sporting. Só um jogador do Benfica [Jiménez, 22 milhões de euros] custou quase mais do que os nossos todos juntos. Se acham que o Sporting foi, dos três grandes, o que se reforçou melhor, isso deve-se à qualidade de quem escolheu", comentou o técnico.
Questionado se tantas contratações no Sporting não iriam roubar espaço a jovens como Gelson Martins e Rúben Semedo, o treinador lembrou que um plantel é formado por 25 jogadores ou mais e não onze.
"Vai é fortalecê-los. Os jovens aprendem várias ações individuais com os bons jogadores durante os treinos. Quanto maior experiência os colegas tiverem, mais os jovens vão crescer. Na minha opinião, o Sporting deu um salto qualitativo muito grande em termos de plantel, porque sei qual o nível que os jogadores têm de ter para a exigência de um clube com esta dimensão. Difícil é perceber isto, por isso é que ao fim de um mês após aqui ter chegado disse ao presidente que me ia embora, porque aquilo não era nada", justificou.
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