“Faço um balanço positivo. Foi uma AG participada e todos tiveram oportunidade de discutir e votar as várias propostas democraticamente como é apanágio deste clube, num sinal de grande vitalidade e participação dos sócios”, resumiu o presidente da AG, Luís Nazaré.
Na quarta de cinco votações, no Pavilhão nº2 do Estádio da Luz, a proposta mais radical venceu com 1229 votos, impondo 25 anos ininterruptos de sócio efectivo (desde a maioridade) para candidatos à presidência dos órgãos sociais (Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal), face aos 945 votos angariados pela proposta A (15 anos) e os 325 votos da proposta B (20 anos).
Os futuros candidatos a presidente das “águias” terão assim de ter, no mínimo, 43 anos de idade, enquanto os estatutos em vigor, aprovados em 1996, prevêem apenas cinco anos de estatuto de sócio efectivo, permitindo, em teoria, a sua eleição a partir dos 23 anos.
A outra alteração mais significativa proposta pela Comissão Eventual de Revisão dos Estatutos do Benfica (CEREB), composta por ex-dirigentes como Manuel Vilarinho, José Ribeiro e Castro ou Manuel Boto e actuais membros dos corpos sociais (Duque Vieira, Rui Cunha e José Alberto Vieira), prendeu-se com a duração dos mandatos.
A extensão da duração dos mandatos dos corpos sociais dos actuais três para quatro anos vingou, sendo rejeitada a proposta que contemplava um limite de três eleições seguidas dos mesmos dirigentes.
As restantes alterações estipularam a atribuição de 50 votos aos sócios com mais de 25 anos de filiação, a disponibilização do relatório e contas oito dias antes da respectiva AG de aprovação e a inibição por dois anos de requerer nova AG ou votar aos associados que solicitem reuniões magnas e não compareçam sem justificação.
A votação do projecto global do novo regimento das “águias”, que deverá entrar em vigor dentro de um mês, após escritura pública, foi depois aprovada, com 95 por cento dos votos, quatro por cento de abstenções e um por cento de votos contrários.
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