Em declarações à agência Lusa, Tiago Ribeiro, que pretende também pacificar as relações entre o clube a SAD, argumentou que a compra de 74 por cento da sociedade ao empresário João Lagos, por 200 000 euros, representa “um compromisso de longo prazo”.
“Se fosse apenas para colocar jogadores não precisávamos de comprar o clube. Isso de clube-barriga-de-aluguer não tem vida longa e é um erro que já foi cometido no passado por outras empresas. Seria ignorância da nossa parte seguir essa via”, advertiu.
Tiago Ribeiro pretende ter no Estoril-Praia “uma base para entrada na Europa de jogadores brasileiros”, mas também “um bom sistema a captação de jovens portugueses”, promovendo “o equilíbrio entre talentos dos dois países”.
“É um novo capítulo no sentido da nossa afirmação na Europa. Temos a base da nossa indústria no Brasil, que vai alimentar o clube, mas este conceito só é sustentável se existirem resultados desportivos”, observou.
Para o director do grupo brasileiro, que já geria o clube estorilista há um ano, “quanto melhor forem os resultados desportivos melhor serão os financeiros” e para isso é preciso “chegar à primeira liga o mais rapidamente possível”.
Tiago Ribeiro assinalou que o Estoril-Praia, que foi escolhido devido à sua história de clube formador e à proximidade com Lisboa, “também tem que beneficiar desta ligação”, prometendo “investimentos nas instalações do clube em caso de subida” ao escalão principal.
O director da Traffic Sports Europe quer ainda normalizar as relações entre o clube e a SAD: “O clube teve uma relação conturbada com a SAD desde a sua fundação. Houve uma separação, mas estamos a procurar retomar a ligação”, explicou.
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