O encontro entre Cova da Piedade e Nacional, da 17.ª jornada da II Liga portuguesa de futebol, está em risco de não se realizar no Estádio José Martins Vieira, de acordo com um comunicado emitido pelos piedenses.
O clube da margem sul do Tejo reclama da SAD o pagamento estipulado no protocolo de utilização do recinto, assinado em agosto por ambas as partes, e garante que procederá ao “encerramento das instalações” caso a sociedade não cumpra o acordo “até às 16 horas” de hoje, conforme decisão tomada “por unanimidade” em reunião de direção.
Segundo a direção dos piedenses, o protocolo estipula, no ponto 9, que no caso de a SAD não pagar a contrapartida económica “até ao dia 10 de cada mês”, o Cova da Piedade reserva-se o direito de “impedir de imediato o acesso” ao estádio, o que terá acontecido neste mês.
No mesmo texto, o Cova da Piedade salienta que o acordo em questão foi assinado “em três vias de igual teor e validade”, entre clube, SAD e Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), tendo ainda sido remetida uma cópia para a Federação Portuguesa de Futebol.
Ainda segundo o Cova da Piedade, a SAD alegou, através de cartas registadas, a “ausência de manutenção do relvado por parte do clube” para não honrar o compromisso, ao que os piedenses voltam a contestar que alertaram a SAD por “diversas vezes” para o uso “intensivo e excessivo” do relvado sem que obtivessem “qualquer resposta”.
O comunicado do Cova da Piedade foi emitido instantes após a SAD avançar, numa missiva própria, que o encontro entre Cova da Piedade e Nacional teria mesmo lugar no Estádio José Martins Vieira, depois de ter sido “decretado pela Liga o levantamento da interdição de utilização do campo de futebol” do recinto.
O relvado do Estádio José Martins Vieira esteve sujeito a um plano de recuperação urgente, após interdição por parte da LPFP que foi levantada para a realização dos encontros com o Desportivo de Chaves, no início do mês, e com o Nacional, no próximo domingo.
A SAD dos piedenses alega a impossibilidade de utilização do relvado, no período em questão, para não proceder ao pagamento estipulado.
Porém, o clube contrapõe que, no protocolo assinado, as duas partes “acordam” que será “responsabilidade da SAD” suportar os custos de ocupação de outro estádio sempre que esta ou outras entidades considerem que as condições do campo não estão “de acordo com as normas”.
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