O presidente do Freamunde, Miguel Pacheco, anunciou hoje que o clube da II Liga de futebol vai cumprir os pressupostos financeiros até à próxima terça-feira, o mais tardar, evitando as penalizações previstas nos regulamentos.
"Os pressupostos financeiros vão ser cumpridos até segunda ou terça-feira. É, nesse sentido, que temos vindo a trabalhar, assumindo como prioridade os compromissos imediatos, neste caso o problema dos salários em atraso", disse Miguel Pacheco à agência Lusa.
O Freamunde falhou o controlo financeiro de 15 de dezembro junto da Liga, não fazendo prova do pagamento dos salários aos jogadores e equipa técnica entre os meses de maio e outubro, incluído, e, no dia seguinte, foi notificado pelo organismo que rege as competições profissionais para regularizar a situação nos 10 dias seguintes.
Face aos novos desenvolvimentos, que o próprio Miguel Pacheco confirmara na altura, o Freamunde irá liquidar dois dos três meses de salários em atraso, pelo menos, evitando, assim, ser penalizado com a perda de pontos (de dois a cinco) e impedido de registar novos contratos ou renovar os já existentes.
O dirigente do clube nortenho anunciou também uma sessão de esclarecimento aos sócios a 23, antecipando a Assembleia-Geral, marcada para o dia 30, nos dois casos na Casa da Cultura de Freamunde, às 21:00, para dar a conhecer a situação do clube e o trabalho que tem sido feito para devolver a estabilidade financeira ao Freamunde.
"Trabalhamos para conseguir a estabilidade que já desejávamos na época passada, com prioridade, reafirmo, para as situações a curto prazo, que serão resolvidas, e só não garanto a 100 por cento um cenário de estabilidade duradoura porque não estão assinados os documentos", acrescentou.
Miguel Pacheco nada mais adiantou sobre o tema, lembrando, com moderado otimismo, que o clube está a "lidar com pessoas de bem, que querem honrar os seus compromissos", não escondendo ter sido "apanhado de surpresa" com a rescisão unilateral do contrato de Toni, que na época passada representava o União da Madeira.
"Fomos apanhados de surpresa [no caso do Toni], mas isso tem a ver com a pouca utilização dos jogadores, aliado, como é evidente, à situação dos salários", afirmou.
O líder do Freamunde diz que "o clube está sempre recetivo a conversar com quem não está satisfeito", embora tenha admitido não esperar mais "surpresas", depois das rescisões por justa causa do médio Toni e do defesa Hugo Lopes.
"Quem ficou, confia, e o grupo está unido. Queremos que os jogadores estejam cá de corpo e alma, mas, quem quiser mudar de ares, cá estamos para conversar", adiantou.
Miguel Pacheco confirmou, por outro lado, que, "depois de garantida a estabilidade [financeira], o plantel terá de ser reajustado, conforme já anunciou o próprio técnico".
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