Jorge Moreira recandidata-se à presidência do Leixões nas eleições marcadas para sábado, e um dos pontos fortes do seu programa é a “ambição”, que não se esgota na arte desportiva.
Professor de Geografia de “baixa médica devido a um problema oncológico” que o atingiu em 2021 (Linfoma de Hodgkin) e que está a evoluir de forma positiva, segundo afirmou, e líder da claque leixonense “durante 15 anos e até 2018”, Jorge Moreira concorre sozinho a estas eleições.
“Defendo que devia haver mais listas, porque seria sinal de vitalidade do clube. Por outro lado, [o facto de liderar a lista única concorrente], se calhar, é o reconhecimento de que estamos a fazer um bom trabalho”, considerou, acrescentando que a sua a equipa tem procurado “agregar e envolver”.
De acordo com Jorge Moreira, “a grande vitória” deste mandato “foi a mudança de paradigma”, já que “o eu deu lugar ao nós”, sendo que a sua direção “procurou sempre somar e multiplicar e nunca dividir” e com isso, admitiu, talvez tenha inibido o aparecimento de outra candidatura.
Há três anos, disputou e venceu a corrida à liderança do histórico clube de Matosinhos com um programa focado no “rigor, transparência e proximidade” com os sócios e a cidade e, desta vez, acrescenta um “novo eixo” orientador para o seu próximo mandato de três anos.
“Queremos ambição, não só em termos desportivos, mas também para reforçar a marca Leixões e o ecletismo” que já hoje caracteriza este clube, disse à agência Lusa, o atual presidente leixonense.
Com 11 modalidades, o Leixões movimenta 1.600 atletas e, destes, 612 são de futebol.
Jorge Moreira diz que há três anos encontrou um clube opaco e “esvaziado, porque não conseguia chamar a si o controlo das modalidades e receber e concorrer a apoios existentes para os clubes”.
“O Leixões foi obrigado, fruto do incumprimento perante a Autoridade Tributária e a Segurança Social, a criar umas associações adstritas” para gerir as suas modalidades, exemplificou Jorge Moreira, referindo que tal situação não era bem explicada aos sócios e foi entrando ultrapassada.
O presidente da direção do Leixões recandidata-se com uma agenda de “continuidade”, insistindo que “é muito importante reforçar a proximidade do clube com as forças vivas de Matosinhos”, que no passado era mais estreita.
“O lema da nossa campanha é ‘Orgulho nas Origens’”, destacou, considerando que o Leixões “afastou-se da comunidade nos últimos anos e era uma espécie de uma ilha”, algo que o candidato pretende inverter enquanto presidente do clube.
Jorge Moreira sublinhou que a sua direção “investiu em projetos sociais” e ambiciona reforçar e diversificar esta valência junto da comunidade local e dos “3.500 sócios” leixonenses, porque o clube quer ser “um porto de abrigo”.
O Leixões Sport Clube detém “40 por cento” do capital social da SAD, que gere o futebol profissional, e mantém com esta uma “relação cordata” e é proprietário do Estádio do Mar. A SAD paga ao clube uma renda pela utilização do estádio, em redor do qual decorrem atualmente obras que vão revolucionar a paisagem viária local.
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