Os sócios do Santa Clara aprovaram hoje as contas do exercício de 2009/2010 numa Assembleia-Geral agitada em que os dirigentes do clube açoriano da Liga de Honra de futebol admitiram a existência de salários em atraso.
Aprovadas com 26 votos a favor e 10 abstenções, as contas dos ‘encarnados’ de Ponta Delgada revelam um lucro na última época de cerca de 200 mil euros e uma redução do passivo de 11 para 8 milhões de euros.
Apesar da melhoria evidenciada face às temporadas anteriores, os dirigentes do Santa Clara admitiram enfrentar “problemas de tesouraria”, sem negar, quando confrontados por um sócio, a existência de dois meses de salários em atraso.
O presidente do Conselho Fiscal garantiu porém que o clube tem a haver uma receita de 1,7 milhões de euros que permitirá assegurar uma gestão sem problemas.
Miguel Simas, dirigente financeiro da equipa de Ponta Delgada, reiterou a propósito a perspectiva de um lucro de 600 mil euros no exercício da época 2010/2011.
Devido à agitação gerada, a Comissão Executiva propôs e a Assembleia Geral aprovou, por maioria, a retirada da agenda da proposta de expulsão de dois associados.
Um dos dois sócios em questão, Luciano Melo, antigo presidente adjunto, foi impedido de entrar na sede do clube e recorreu à Polícia de Segurança Pública para tentar assistir à reunião.
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