O Tribunal de Ponta Delgada negou a substituição do administrador único pelo presidente do Santa Clara, no processo de insolvência do clube, adianta um despacho a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Em causa está um pedido da nova administração do Clube Desportivo Santa Clara em substituir o administrador único Mário Batista por Rui Cordeiro, recém-eleito presidente do clube, no processo de insolvência do Santa Clara, tendo o Tribunal de Ponta Delgada indeferido o mesmo.
"Foi uma decisão sensata, porque claramente verifica que para efeitos de execução do plano de insolvência, o Dr. Mário Batista continua a ser o administrador único dentro do processo de insolvência que foi aprovado pelos credores", disse Rui Cordeiro, questionado pela agência Lusa acerca da decisão do Tribunal.
O atual presidente do clube e da SAD do Santa Clara refere que desconhece se esse plano "está a ser cumprido" e, quanto à decisão do Tribunal ter sido contrária ao pedido, sublinha que a intenção do envio do requerimento era que este "esclarecesse" o assunto.
O Tribunal de Ponta Delgada considera por isso "inútil" o pedido da direção do clube de convocação de uma Assembleia de Credores, sendo que "o plano de insolvência foi aprovado e homologado por sentença, não havendo, contudo, relato de incumprimento do mesmo".
O Santa Clara tem passado por momentos conturbados nas últimas semanas, depois de Mário Batista ter sido destituido da presidência da SAD 'encarnada' em assembleia-geral, a mesma que elegeu Rui Cordeiro para o cargo, e ter recorrido a tribunal por alegar "ilegalidade" no processo.
Rui Cordeiro reconhece que "esta instabilidade institucional não favorece ninguém", não colocando de parte por isso "um entendimento com Mário Batista" que seja benéfico para todas as partes.
"Nós não temos interesse em continuar com litigâncias judiciais, porque só em litigâncias judicias a vida do clube vai ficar paralisada nos próximos cinco ou seis meses.
Neste momento, já foram colocadas três providências cautelares, duas no clube e uma na SAD e a tendência é que essas providências cautelares se prolonguem no tempo, que haja novas providências, novas ações de responsabilidade civil e criminal e nós queremos terminar com isso", afirmou Rui Cordeiro.
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