O médico Giorgio Galanti, responsável pelos testes realizados ao futebolista Davide Astori meses antes da sua morte por problemas cardíacos, foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa por homicídio involuntário, revelou hoje um tribunal italiano.
Galanti, que também terá que pagar um milhão de euros à família do antigo defesa-central da Fiorentina, era o responsável pelo departamento de medicina desportiva do hospital Careggi, em Florença, e foi o último a dar ‘luz verde’ à prática do desporto para Davide Astori, no verão de 2017, sete meses antes da sua morte.
O tribunal entendeu que o médico italiano falhou ao não detetar qualquer problema cardíaco no jogador e deveria ter efetuado mais exames.
Com 31 anos, Astori morreu durante o sono na noite de 03 para 04 de março, num hotel em Udine, onde a Fiorentina iria defrontar a Udinese, em jogo do campeonato italiano.
De acordo com a autopsia, o defesa-central, na altura capitão da Fiorentina e internacional italiano, sofria de taquiarritmia, uma aceleração anormal da frequência cardíaca em repouso.
O ministério público italiano tinha pedido uma pena de prisão de 18 meses, mas, mesmo assim, o advogado de Galanti vai recorrer da sentença, por considerar que existem todas as condições para que o médico seja dado como absolvido.
"Vamos analisar esta sentença e perceber os motivos que levaram o juiz a passar por cima das conclusões dos peritos. Vamos recorrer da decisão. Disse ao meu cliente pelo telefone o que se passou e ele ficou muito surpreendido", disse Siegfried Fenyes, advogado de Giorgio Galanti, à 'Gazzetta dello Sport'.
A mulher de Astori, Francesca Fioretti, marcou presença na leitura da sentença, ao contrário do réu, de acordo com a 'Gazzetta dello Sport'.
Davide Astori morreu a 04 de março de 2018, na véspera do jogo com a Udinese, durante o sono, num hotel em Udine.
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