O Sindicato dos Meios Audiovisuais (SMAV) repudiou hoje a agressão a um repórter após o final da Taça de Portugal, manifestando-se disponível para avançar com "ações" com outras entidades e apelou à RTP para que aja em conformidade.
"O SMAV repudia, veementemente, a agressão de que foi alvo o repórter de imagem da Rádio e Televisão Pública [RTP] e está disponível para encetar, conjuntamente, com entidades e organizações, nomeadamente com outras representantes dos trabalhadores, as ações que se entender por convenientes", avança a estrutura em comunicado.
O sindicato sublinha que em 28 de março entrou em vigor uma alteração ao Código Penal que reforça a penalização dos crimes cometidos contra os jornalistas no exercício das suas funções, mas considerou que "de nada servem alterações à lei [...] se a ela ninguém se vincular para a fazer cumprir".
No comunicado, o SMAV adianta que os responsáveis da RTP devem "agir em conformidade e com determinação quer no que concerne ao profissional agredido, quer ao equipamento que foi destruído", disponibilizando o seu gabinete jurídico "para o que for necessário".
Também o Sindicato dos Jornalistas (SJ) apelou hoje para que o repórter agredido após o final da Taça de Portugal, no Estádio do Jamor, “proceda criminalmente contra os agressores”, e comprometeu-se a “reportar o caso às entidades responsáveis”.
Um jornalista da RTP foi agredido durante a final da Taça de Portugal, que decorreu no domingo à tarde no Estádio do Jamor, Oeiras, de acordo com a Comissão de Trabalhadores (CT) da estação pública.
Segundo a CT da estação pública, “além da violenta agressão, foi também destruído equipamento da RTP”.
O porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Tiago Garcia, em declarações à Lusa no final do jogo, no qual o Desportivo das Aves derrotou o Sporting por 2-1, vencendo assim pela primeira vez a Taça de Portugal, referiu que adeptos do Sporting atiraram pedras a equipas de reportagem que se encontravam na praça da Maratona.
A CT lembra ainda que, “há menos de um ano, um outro jornalista da RTP foi selvaticamente agredido em reportagem numa escola básica de Lisboa”.
“Isto simplesmente não pode continuar”, conclui a CT, aproveitando para se solidarizar com o jornalista e a sua família, a quem manifesta o seu apoio.
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