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O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse hoje que o processo legal que envolve o julgamento da Operação Puerto, a decorrer em Madrid, tem sido «frustrante».
«Entendo perfeitamente as limitações legais que o juiz tem que lidar. Quer dizer que não se pode pronunciar sobre algo que na altura não era legislado, mas o facto de ir só ter em conta os riscos de saúde e não um caso de doping é muito frustrante», disse Jacques Rogge.
O médico Eufemiano Fuentes e outras quatro pessoas estão a ser julgadas acusadas de colocar em perigo a saúde publica através de transfusões sanguíneas que o espanhol administrou a um vasto número de ciclistas profissionais de alto nível, mas as acusações que envolvem doping não foram registadas, uma vez que doping não era crime há cinco anos atrás, quando os cinco foram detidos.
«A nova lei é muito boa, mas devia ter passado há uns anos atrás», sublinhou o responsável.
As palavras de Jacques Rogge surgem na véspera da inspeção de uma delegação do COI a Madrid, no âmbito da candidatura madrilena para acolher os Jogos Olímpicos de 2020.
«No caso de Madrid a crise não vai afetar muito, pois parte substancial das infraestruturas já está construída. Não é necessário um grande investimento e a cidade está já preparada», disse Rogge, contrariando aqueles que insistem que a crise financeira que se vive em Espanha poderá aumentar ainda mais com esta pretensão.
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