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Países como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste não conquistaram qualquer medalha.
Mais de metade das 204 delegações representadas nos Jogos Olímpicos de Londres regressaram a casa sem uma única medalha, incluindo países da dimensão do Paquistão ou da Nigéria ou com a tradição desportiva da Áustria.
Os Jogos de Londres2012 receberam 204 delegações e, dessas, 119 não conquistaram nenhuma medalha. Outros 20 países (entre os quais Portugal), conseguiram apenas uma presença no pódio.
Entre os países sem medalhas, estão alguns dos mais populosos do planeta. O maior dos países que não ganhou nada é o Paquistão.
Tradicionalmente muito forte no críquete (que não é desporto olímpico) e no hóquei em campo (ficou no sétimo lugar), este país de 174 milhões de habitantes já não ganha nenhuma medalha olímpica desde os Jogos de 1992, em Barcelona.
Outro dos “gigantes” sem medalhas também vem do sul da Ásia: o Bangladesh, com uma população de 149 milhões, é o país mais populoso a nunca ter ganho nenhuma medalha em Jogos Olímpicos.
O país mais populoso de África, a Nigéria (158 milhões de pessoas), também não ganhou nada em Londres, apesar de ter equipas de elite no atletismo, particularmente na velocidade.
Entre a lista das 119 delegações que regressaram de Londres de mãos a abanar estão outros países com pelo menos 40 milhões de habitantes: Filipinas, Vietname, República Democrática do Congo, Birmânia, Tanzânia e Sudão.
Todos estes países têm em comum serem economias em vias de desenvolvimento, com populações relativamente pobres. Entre as 119 delegações sem medalhas encontram-se também muitos países com populações muito reduzidas (abaixo de um milhão de pessoas).
Há, no entanto, países com populações médias e níveis de rendimento elevados que mesmo assim não conseguiram obter quaisquer medalhas.
Entre a lista dos 119 não medalhados, só um país tem um PIB ‘per capita’ superior a 10 mil dólares e uma população superior a 10 milhões de pessoas: o Chile.
Outro país com população média (8,5 milhões) e rendimento muito elevado é a Áustria – que foi também o país com a maior delegação olímpica sem medalhas.
Os 70 atletas austríacos em Londres2012 não chegaram nenhuma vez ao pódio, levando o ministro do Desporto, Norbert Darabos, a prometer ao jornal Kurier alterações legislativas para acabar com os “turistas olímpicos”.
A Áustria foi um de apenas três países da União Europeia sem medalhas: os outros foram Luxemburgo e Malta.
Dentro do bloco da Lusofonia, o panorama foi mais desolador: com exceção do “gigante” Brasil e das suas 17 medalhas, a única presença lusófona no pódio foi a da dupla de canoístas portugueses Fernando Pimenta/Emanuel Silva.
O número de medalhas dos países de língua portuguesa deverá, contudo, aumentar em 2016, ano em que os Jogos vão realizar-se no Rio de Janeiro.
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