A nadadora Angélica André partiu hoje para Paris2024 focada em melhorar o 17.º lugar da sua esteia olímpica, em Tóquio2020, confiando que a experiência conquistada a vai ajudar no objetivo.

“A expectativa é tentar fazer melhor do que em Tóquio, foi para isso que trabalhei, quis lutar e continuar. Nestes três anos, já tive muitas conquistas e fui medalhada em competições internacionais de grande relevo. O que mais quero é fazer melhor do que o 17.º”, disse, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, antes de embarcar para a capital francesa.

Este ano, a matosinhense foi medalha de bronze nos Mundiais e a prata na Taça da Europa de Barcelona, depois de já ter um bronze no Campeonato da Europa de 2022.

“Vou com mais experiência por ter passado Tóquio2020, que foi o primeiro momento, e porque já tive outras competições de maior relevo e me impus um pouco mais nas águas abertas, o que aumenta a responsabilidade”, assumiu.

Face aos resultados conquistados, reconhece que deixou de ser uma “outsider”, porém recorda que nas águas abertas os desempenhos de excelência vão sendo distribuídos por várias desportistas, pelo que em prova ninguém é menosprezado.

A nadadora de 29 anos assume que vai ser uma experiência “diferente”, até porque no Japão estava tudo “completamente deserto”, pelo que agora espera também poder vir a desfrutar um pouco mais do ambiente olímpico.

A prova está prevista para quinta-feira no rio Sena, que tem sido palco de muitos problemas com a qualidade da água, facto que levou, inclusivamente, ao cancelamento de treinos e adiamento do evento de triatlo masculino.

“É sempre uma preocupação, obviamente. Podemos ficar doentes. Esperemos que não aconteça nada. Está tudo sob controlo deles. Há sempre um plano B, C e D. Se não for no Sena na quinta-feira será no domingo no local da canoagem. É estar de consciência tranquila, desfrutar. Trabalhámos muito para este momento, para estar o melhor possível”, concluiu.