Ao todo, 118 nações manifestaram-se a favor, não houve qualquer voto contra, destacando-se a posição da Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, violando assim a trégua olímpica em vigor nos Jogos de Inverno Pequim2022.

Entretanto, em 12 de outubro o Comité Olímpico Russo foi suspenso do Comité Olímpico Internacional (COI) por ter integrado, de forma unilateral, como membros organizações desportivas regionais que estão sob autoridade do Comité Ucraniano, violando novamente a Carta Olímpica.

O silêncio das armas foi exigido para o evento numa altura em que o mundo vive, sobretudo, as ações militares de Israel na faixa de Gaza, Palestina, e da Rússia na Ucrânia.

A este propósito, o representante do Egito recordou as atrocidades em vigor no Médio Oriente para lembrar a Israel que deve aceitar essa trégua “incondicionalmente”.

Por sua vez, a representante russa recorda que o seu país apoiou “sempre” a trégua olímpica, mas explicou que desta vez se absteve em sinal de protesto pela “ilegal exclusão dos atletas russos das competições desportivas internacionais”.

Outros tradicionais aliados russos, como a China, votaram favoravelmente, tendo destacado a ideia de que o desporto deve ser despolitizado.

O presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, recordou a violação da Rússia ao anexar regiões da Ucrânia, violando a integridade do seu comité olímpico, assegurando que no desporto todos são iguais e devem “ser politicamente neutros, recusando toda a discriminação”.

O responsável criticou ainda a criação dos Jogos Mundiais da Amizade, que a Rússia vai organizar entre 15 e 29 de setembro, como alternativa aos seus atletas que vão falhar Paris2024, considerando que esse tipo de eventos é que “conduzem à fragmentação política do desporto internacional”.